terça-feira, 5 de maio de 2009

Mais Uma das Propagandas do Governo Não Concretizada

Se se tivesse concretizado o investimento anunciado em Janeiro de 2006 por três ministros e um secretário de Estado, Portugal pertenceria hoje ao restrito número de países do mundo com capacidade de produzir vacinas antigripais.
 E, por esta altura em que a epidemia de gripe A ameaça o mundo, um grupo farmacêutico português, a Medinfar, estaria a produzir e a vender vacinas contra a gripe para outros países do mundo. Mas não é o grau de adesão do Governo (estiveram Correia de Campos, Manuel Pinho e Mariano Gago a assistir à assinatura do protocolo de entendimento entre a Medinfar e a Agência Portuguesa para o Investimento) que garante a eficácia de um anúncio. Dois anos e meio volvidos, nada do que foi anunciado saiu do papel.
Em causa estava a criação de uma nova fábrica de produção de vacinas antigripais a construir junto ao complexo industrial que a Medinfar tem em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra. Essa nova unidade representava um investimento global de 27 milhões de euros - metade dos quais seria assegurado pela empresa portuguesa -, deveria ter iniciado a sua laboração no terceiro trimestre de 2007 e em 2008 já devia assegurar o abastecimento de 63 por cento do mercado nacional em termos de gripe sazonal.
O anúncio do investimento foi feito no rescaldo da chamada gripe das aves e pareceu ao Governo importante que o país criasse condições para se preparar para um nova epidemia. Ministros da Saúde, da Economia e da Ciência associaram-se ao evento, que dava sinais de que "a biotecnologia começava a dar frutos em Portugal", como referiu Mariano Gago, ministro da Ciência, e que preparava Portugal para combater "o egoísmo" dos outros países. "Se se vier a concretizar, infelizmente, a ameaça de pandemia, cada país - não tenhais dúvidas - jogará no egoísmo nacional e tratará de resolver os seus próprios problemas e só depois abrirá as portas para ceder aos outros países a sua produção", disse na cerimónia o então ministro da Saúde, Correia de Campos. 
O ministro da Economia assegurou que o protocolo iria ser transparente e seriam publicitados os apoios dados pelo Estado em matérias de incentivos fiscais, apoios à contratação e à formação profissional.

(Público)
Continuamos a ver os anúncios do governo por um canudo! Olhamos! Olhamos e não se vê nada!

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