sábado, 30 de maio de 2009

O Cão Indeciso


Numa e noutra beira de um caudaloso rio existiam dois mosteiros. Um cão dócil e cordial para os monges comia a seu belo prazer num e noutro mosteiro. Quando tocava a campainha do sinal para a refeição dos monges, o cão, estivesse numa ou outra margem do rio, ia a um mosteiro,onde lhe davam os restos. Mas em certa ocasião, estava a tomar banho no rio quando ouviu a outra campainha da margem direita. Começou a nadar para aquela margem para ir comer e, então, ouviu que badalava o sino do mosteiro da margem esquerda, o que o fez mudar de rumo e ir para o outro lado do rio. Mas ambos os sinos continuavam a tocar, o cão começou a reflectir sobre que tipo de comida lhe apetecia mais e não se conseguia decidir por uma ou por outra. ia para um lado do rio e depois para o outro, até que finalmente, lhe faltaram as forças, afundou-se nas águas e, tristemente, morreu.

Quando a indecisão se torna crónica, trava o nosso desenvolvimento interior e o nosso processo vital. Nesse caso, os mestres zen dizem: "Senta-te ou levanta-te, mas não vaciles!"


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