domingo, 24 de abril de 2011

Precisamos Urgentemente De Alguém Com Preocupação Empática

É isto mesmo : Não queremos e não esperamos que continuem a 'chorar' ou a desculparem-se ou a inventar mais mentiras ou a atirarem sobre os outros as suas próprias culpas - já nada adianta - quase tudo é conhecido. Precisamos sim, que nos ajudem a sair da situação em que nos encontramos - apontem-nos caminhos, expliquem-nos qual a melhor forma de enfrentar esta crise - Preocupação Empática é o que neste momento precisamos.

Segundo DG existem três Tipos de Empatia: Cognitiva, Emocional, Compassiva.

 Ficar frio em crises parece essencial para sermos capazes de pensar claramente.
 Mas, e se “ficar frio” também implique ficar insensível? Em outras palavras, devemos sacrificar a empatia para nos mantermos calmos? Este é o dilema enfrentado por aqueles que estão a preparar times de ponta para lidar com a catástrofe.Nisto Paul descreve três modos realmente diferentes de intuir os sentimentos de outra pessoa.

O primeiro é a “empatia cognitiva”, simplesmente sabendo como a outra pessoa se sente e o que ela talvez esteja a pensar. Algumas vezes chamada de “perspectiva capturada”, este tipo de empatia pode ajudar numa negociação ou a motivar alguém. Mas pode existir um lado negro neste tipo de empatia – de facto, aqueles que se enquadram dentro da “Tríade Negra”: narcisistas, maquiavélicos, e sociopatas podem ser talentosos nesse aspecto, mas não tendo qualquer condolência com suas vítimas. Segundo Paul disse, um torturador necessita desta habilidade, somente para melhor e calibrar a sua crueldade – e políticos talentosos sem dúvida têm esta habilidade em abundância.

Certamente a empatia qualifica-se como uma medida crítica do líder correcto numa crise, permanecendo frio sob pressão. Mas exactamente que tipo de empatia nós devemos procurar?

Para que surja o líder correto numa crise, apenas a empatia cognitiva parece ser insuficiente.
Então, Paul disse, que existe a “empatia emocional”,quando se sente fisicamente o que a outra pessoa sente, como se de alguma forma as emoções deles fossem contagiosas. Este contágio emocional, a neurociência social diz que depende em grande parte do espelho do sistema neural. A Empatia emocional faz alguém entrar em sinergia, afinidade, com o mundo emocional interno da outra pessoa. Um lado negativo da empatia emocional ocorre quando as pessoas carecem de habilidade para gerir as suas próprias emoções aflitivas e estressantes, o que pode ser visto na exaustão psicológica que leva ao esgotamento. Mas o perigo surge quando esse tipo de atitude (ser um homem de gelo) leva à indiferença, em vês de afectuosidade bem calibrada.

Finalmente, existe o que Paul chama empatia compassiva, para a qual uso o termo de “Preocupação Empática”. 
Com este tipo de empatia não só entendemos as condições lógicas e emocionais dentro deles, mas somos espontaneamente movidos a ajudar, se necessário. Paul falou-me a respeito de sua filha, que trabalhava num importante hospital da cidade. Na situação dela, é que não podia dar-se ao luxo de deixar a empatia emocional envolvê-la. “Os clientes não queriam que ela chorasse quando eles estavam chorando”. “Eles desejavam a ajuda dela para descobrir o que fazer naquele momento – como arranjar um funeral, como lidar com a perda de um filho”. Preocupação Empática é o ingrediente vital esquecido nas respostas de alto nível para uma crise.


Fonte: Daniel Goleman

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