sexta-feira, 6 de abril de 2018

António Costa O 'Habilidoso'

António Costa é um génio e não há a mais pequena dúvida. O seu governo envolve-se em trapalhadas sucessivas, mas o primeiro-ministro consegue sempre safar-se. 


O seu talento é tanto que é capaz de chamar um ministro e um secretário de Estado para lhes puxar as orelhas, e um dos “repreendidos” dá, a seguir, uma conferência de imprensa onde reafirma tudo o que dissera antes, desmentindo dessa forma António Costa. Até ontem não se ouviu falar em demissão nem ninguém se retratou. Mas o primeiro-ministro consegue, mais uma vez, “enrolar” a geringonça e, nomeadamente, o BE, que está furioso com toda esta novela do financiamento da Cultura. Nunca se viu um líder de um executivo com tantas vidas e tantos estratagemas para ultrapassar crises. Há roubos em quartéis, incêndios onde morrem mais de uma centena de pessoas, famílias desalojadas por não terem dinheiro, mas António Costa consegue sempre tirar um coelho da cartola e anunciar a solução para todos os males.
E Costa parece ter um aprendiz em Centeno que também consegue o impensável: agradar a Bruxelas e à geringonça, apesar da CGTP, o braço armado do PCP, já estar farto das promessas do ministro das Finanças e estar a invadir as ruas com greves. Mas temos de reconhecer, para quem não se coloca em nenhum dos lados da barricada, que é super divertido ver a geringonça engolir sapos consecutivos, porque há sempre uma cenoura à frente colocada pelo grande líder.
É certo que o PCP e o BE podem argumentar que com essa estratégia conseguem grandes avanços na qualidade de vida dos trabalhadores, mas é óbvio que se o cenário fosse outro teriam um comportamento completamente diferente. Basta olhar para os números dos impostos e contribuições para perceber que Catarina Martins e Jerónimo de Sousa seguem a máxima de Álvaro Cunhal e “engolem uns sapos vivos” em nome de não deixarem a direita governar. Ou de o país ficar sem governo, como se queira. É tudo uma questão de perspetiva. 
Vitor Rainho, Ji

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