domingo, 8 de julho de 2018

Foi Descoberto Um Possível "Lar Neurobiológico" Para A Experiência Espiritual

Experiências espirituais

Uma equipe liderada por Lisa Miller (Universidade de Columbia) e Marc Potenza (Universidade de Yale) anunciou ter descoberto nada menos do que um possível "lar neurobiológico" para a experiência espiritual.
A equipe define a experiência espiritual como o senso de conexão que uma pessoa sente com algo maior do que si própria.
É bom realçar que os cientistas não estão a dizer que descobriram algo como onde a alma do ser humano reside, mas sim a área do cérebro ativada quando ocorrem experiências místicas, espirituais ou transcendentais.
"Experiências espirituais são estados robustos que podem ter impactos profundos na vida das pessoas. Entender as bases neurais das experiências espirituais pode nos ajudar a entender melhor seus papéis na resiliência e na recuperação da saúde mental e dos transtornos aditivos," disse o professor Potenza.
As experiências espirituais podem ser ou não de natureza religiosa, incluindo assim sentimentos de unidade com a natureza ou a ausência do eu durante eventos de forte emoção, por exemplo.
Para a equipe, essas experiências ocorrem no córtex parietal, uma área do cérebro já associada com a consciência de si e dos outros, bem como o processamento da atenção.

Espiritualidade no cérebro

Os pesquisadores entrevistaram 27 adultos para coletar informações sobre experiências estressantes e experiências relaxantes que cada um já havia vivido, bem como sobre suas experiências espirituais.

Embora as experiências individuais apresentassem largas diferenças, os pesquisadores detectaram padrões semelhantes de atividade no córtex parietal, conforme os voluntários experimentavam na imaginação os eventos nas gravações.

O professor Potenza salienta que outras áreas do cérebro provavelmente também estão envolvidas na formação das experiências espirituais, mas que o método usado pela equipe pode ajudar futuras pesquisas projetadas para estudar a experiência espiritual e seu impacto na saúde mental.
O estudo foi publicado na revista científica Cerebral Cortex.

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