sexta-feira, 11 de outubro de 2019

Para Onde Vai Portugal?

Os cidadãos não se sentem representados num sistema que não aproxima eleitores dos eleitos.
Aos partidos maiores não interessa mudar este estado de coisas. O sistema de representatividade existente favorece-os, enquanto prejudica o surgimento de novas organizações políticas. E, apesar das dificuldades do sistema, o descontentamento com os partidos instalados é tanto que três novos partidos conseguiram chegar ao Parlamento. O PS, que chegou a sonhar com uma maioria absoluta e teve o sonho de atingir 40% dos votos, ficou abaixo dos 37%. Costa foi indigitado primeiro-ministro com um milhão e oitocentos e sessenta mil votos num universo de 10,8 milhões de eleitores inscritos - ou seja, pouco mais de 17% do eleitorado. É a António Costa, claramente o vencedor na menor votação de sempre, que cabe decidir os caminhos do futuro próximo. O cenário não é agradável, vamos assistir a uma radicalização do Bloco e do PCP e a uma permanente negociação do PS. Deixa de haver estratégia para o país, passa somente a haver táctica para um partido conservar o poder. Para onde vai Portugal? 

Manuel Falcão, JNegócios

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