sábado, 30 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde


Isto É Inaceitável: Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, (SPMS) Vão Desligar Totalmente Os Sistemas Informáticos De Suporte Às Receitas Eletrónicas

 Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, EPE, (SPMS) vão desligar totalmente os sistemas informáticos de suporte às receitas eletrónicas entre as entre as 14 horas deste sábado e as 08 horas de amanhã, domingo. Assim, a Associação Nacional de Farmácias (ANF) apela para que os utentes tentem aviar as suas receitas antes deste período.(saber mais aqui)

“É inaceitável que um distúrbio desta magnitude no sistema de suporte às receitas médicas seja comunicado subitamente, de véspera, impedindo as farmácias e os próprios doentes de planificarem alternativas”, acrescentou Miguel Lança.

A ANF considera que “este lamentável episódio mostra que o doente ainda está muito longe de ser o centro do sistema de saúde em Portugal, existindo empresas públicas que tomam decisões como se estivessem sozinhas no mundo”.

Abraços, Sorrisos ...

Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça 
e agora sono.
(Clarice Lispector) 

sexta-feira, 29 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde (act.)

Assim Acontece

É desconfortável o contraste entre a asfixiante pressão fiscal e a falta de rigor na aplicação do dinheiro público. Sobram ferramentas digitais e falta uma verdadeira vontade de transformação do sistema. Esta nova fiscalidade de precisão deveria produzir resultados equilibrados em ambos os lados da equação macroeconómica mas, infelizmente, o único efeito do extraordinário digitalismo de Estado está a ser a incontinência fiscal sobre os contribuintes. Para a gestão da despesa, continuamos a ser totalmente analógicos.

, J Económico

Reformulação Dos Debates Plenários, De Quinzenal A Mensal. Costa E Rio Apavorados Com Ventura!

Tanto Costa como Rio, embora por motivos diferentes, estão verdadeiramente apavorados com André Ventura e sem qualquer estratégia política que não passe pela fuga. Fuga e a grande velocidade. Costa tem sido toda a vida um dos maiores artistas da cena política nacional, transformando-se, de há quatro anos a esta parte, no Houdini português, parecendo ter sempre uma qualquer carta na manga ou truque de ilusionismo.

Rodrigo Alves Taxa, Ji

O que acontece é que Ventura não está para feitiços. Ou é ou não é. E o que é é, e o que não é não passa a ser.(continuar a ler)

Chega Através Do Dia De Névoa Alguma Coisa Do Esquecimento

Chega através do dia de névoa alguma coisa do esquecimento,
Vem brandamente com a tarde a oportunidade da perda.
Adormeço sem dormir, ao relento da vida.
É inútil dizer-me que as acções têm consequências.
É inútil eu saber que as acções usam consequências.
É inútil tudo, é inútil tudo, é inútil tudo.
Através do dia de névoa não chega coisa nenhuma.
Tinha agora vontade
De ir esperar ao comboio da Europa o viajante anunciado,
De ir ao cais ver entrar o navio e ter pena de tudo.
Não vem com a tarde oportunidade nenhuma.

Álvaro de Campos

quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Big Brother fiscal? Governo garante que informação dos contribuintes é “bem guardada e bem usada”

Esta É A Frase

Os sete dias mais loucos do Livre

«Não têm sido dias fáceis para o Livre. O mal estar interno é evidente e já levou a uma demissão. Direção do partido mantém a confiança na deputada Joacine Katar Moreira, que avisou que não é “descartável”. Mas o caso será ainda analisado pelo Conselho de Jurisdição. As polémicas podem não ficar por aqui»

Liliana Coelho

Afirmar Que O SNS Está À Beira Do Colapso É Insistir Numa Evidência Que Todo O País Já Constatou

Com o SNS à beira do colapso, importa fixar isto: os que à esquerda hoje se posicionam na primeira fila para salvar o SNS são os mesmos que passaram os últimos 4 anos a autorizar o seu estrangulamento.

Alexandre Homem de Cristo, OBSR

Afirmar que o SNS está à beira do colapso é insistir numa evidência que todo país já constatou. É preciso salvá-lo, como tanto por aí se ouve? Sim, será. Mas, para o salvar, será antes forçoso perceber o que fez o SNS aproximar-se tanto do abismo. É essa reflexão política que PS-BE-PCP estão a bloquear, fazendo um spin de apelos pela salvação dos serviços públicos de saúde e sacudindo fantasmas contra a direita. Há dois dias, foi Francisco Louçã a fazer o número de contorcionismo.(continuar a ler)

A Ciência Sozinha Não Pode Descobrir Cristo. Mas ...

Resultado de imagem para simbolismo
A ciência sozinha não pode descobrir Cristo. 
Mas Cristo satisfaz os ganhos que nascem em nossos corações na escola de ciência... 
A ciência, com toda a probabilidade, será cada vez mais impregnada pelo misticismo.
(Teilhard de Chardin)

quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde

>Costa exclui englobamento de rendimentos do OE para 2020

A Corrupção É A Principal Inimiga Do progresso Material Da Maioria Dos Portugueses

O PSD não é subalterno do PS, proclama Rui Rio e se calhar também os dois outros candidatos à liderança do PSD de que não me lembro o nome. Não sobressaiu até agora que tivessem alguma coisa de substantivo para apresentar. É ridículo e vergonhoso que o líder daquele que já foi um dos principais partidos e pilar constituinte da nossa democracia coloque a política na discussão de patentes hierárquicas interpartidos. (...)

Ainda não perceberam que a política se faz a partir da comunicação de uma única ideia, forte, concisa, englobante, emocional, repetida quantas vezes for necessária?
O que agora temos é uma arenga sem nexo, que nada diz sobre o dia a dia dos eleitores e sobre o futuro dos seus filhos, dita por cabeças falantes titubeantes, que ninguém entende, que ninguém quer ouvir. Sejamos claros e racionais: assim não vamos a lado nenhum.(...)
Hoje, tudo que os políticos disserem que não prometa e cumpra ação firme e sustentada contra a corrupção é pura mistificação. A corrupção é a principal inimiga do progresso material da maioria dos portugueses, do seu bem-estar, de melhores salários, de maior qualidade de vida.
Numa entrevista à rádio Observador, Santos Pereira propôs diversas soluções para resolver a ineficiência do sistema judicial, inspiradas em medidas que outros países têm aplicado com sucesso no combate à criminalidade económico-financeira (resumo de Luís Rosa):
  • Mecanismos de colaboração premiada e de proteção de testemunhas que permitam à investigação ter acesso a prova documental (e não apenas testemunhal) que comprovem a prática dos crimes;
  • Mecanismos legais que permitam separar os crimes económico-financeiros, como fraude fiscal e branqueamento, dos crimes de corrupção, para um julgamento mais rápido;
  • Limitação dos recursos e eliminação de expedientes dilatórios para aumentar celeridade do processo penal;
  • Execução da pena de prisão após decisão da segunda instância que encerra a matéria de facto;
  • Tribunal de competência especializada para julgar os casos mais complexos da criminalidade económico-financeira.
Está aqui um plano que o PSD – ou qualquer outro partido – poderia e deveria adotar e colocar em prática de imediato.(ler artigo completo)

Chuva Caindo No Chão

Um sorriso,
Uma inspiração,
Um gole de café,
Uma emoção.
Uma tarde,
Chuva caindo pelo chão,
Cheiro de saudade,
Um sorriso,
Uma inspiração.

(H.)

terça-feira, 26 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde (act.)

>Deco: Bastam 117 votos no Parlamento para reduzir o IVA na fatura da luz e do gás
>Três homens foram libertados 36 anos depois de condenados por um crime que não cometeram
>Ministério Público pede 20 anos e 6 meses de prisão para Rosa Grilo e António Joaquim
>Homem morreu depois de lambidela de cão. Veterinário português diz que não há razão para alarme
>Preço da eletricidade em Portugal é o oitavo mais caro da UE. Melhorou dois lugares face a 2018
>Iniciativa Liberal, Livre e Chega precisaram de mais de 50 mil votos para eleger um deputado?
>Acionista da TAP David Neeleman quer vender a sua parte
>Joacine, Mamadou: quando o anti-racismo é racista
>Licenciados. Mulheres portuguesas ultrapassam meta da UE, homens ficam a meio caminho
>Oito escolas que estão a mudar o ensino em Portugal
>O aviso da Schroders: o Brexit e o novo domínio francês entre as "tribos" da UE
>Toshiba anuncia tecnologia que deteta cancros em duas horas a partir de uma gota de sangue

Há Que Olhar Com Olhos De Ver: Não Estamos Longe De Um Estado De Asfixia

Há que olhar, “com olhos de ver”, para o despovoamento e consequente colapso do modelo sócio-económico do minifúndio. Diante disto o Estado, e quem nele tem responsabilidades, revelou-se incapaz de mobilizar o país para uma causa mais que necessária: conjugar energias e saberes para revitalizar o interior. Em vez disso exigiu a limpeza de terrenos e legislou multas, transferindo o peso da questão para os proprietários, sem cuidar se isso é justo ou se os mesmos têm recursos (idade, dinheiro…) para o fazer! Assim se vai desencorajando a pequena e média iniciativa privada, acentuando a sangria demográfica, e em tantos lugares as Câmaras Municipais, escolas e repartições estatais são o empregador que resta…
No que diz respeito à ação social, vemos como os requisitos para as IPSS se vão tornando cada vez mais estritos, quase estrangulando a sua actividade. Inspeções sem cabeça e sem alma procuram retificar cada detalhe, sem se importar se é oportuno ou necessário. São regulamentos e mais regulamentos feitos por almas teóricas que nunca tiveram de pagar um ordenado a ninguém (e sempre tiveram o seu assegurado). Talvez pensem que a sustentabilidade de uma organização seja um mero detalhe “economicista”…O Estado – quem o representa – não parece estar muito interessado em que haja quem queira ajudar minorar as necessidades sociais. Despreza-se assim o talento, os recursos e o esforço de comunidades inteiras. Encaminhamo-nos para um tempo em que o Estado quer ser agente único da ação social?! Mas a solidariedade individual ou colectiva é uma expressão irrenunciável de humanidade e sinal da vitalidade de uma Sociedade!
No que diz respeito à educação, com grande dor assisti ao encerramento de Colégios Católicos com contrato de associação, que durante décadas prestaram um serviço público educativo de qualidade a populações periféricas. Serviço que até ficava mais barato ao Estado, pois este não tinha de se encarregar da manutenção dos edifícios. Um país onde se fecham escolas que funcionam bem é um país descentrado e desatento. Levantam-se assim questões de fundo: será que todo o serviço público deve ser estatal? O Estado olha para a Igreja Católica (ou para qualquer outra instituição) como um parceiro ou um competidor a “abater”? Levar-nos-ia também longe o tema das imposições ideológicas que começam a inundar programas escolares, forjando um “pensamento único” e uma nova “situação”, onde não faltam modernos e sofisticados mecanismos de censura.
Aos três domínios mencionados, podemos somar a percepção de mais alguns elementos perturbadores: a máquina fiscal minuciosamente inquisitorial e implacável no que toca a receber, mas lenta em honrar dívidas; a demissão do papel de árbitro eficaz em relação a instituições sem rosto que regem a nossa vida diária (dos bancos, às operadoras de telefone e net…), entidades que com esmero nos procuram “fidelizar”, mas só a muito custo ajudam a resolver os problemas que criam. Uma Sociedade “estatizada” é uma Sociedade pobre – e nem por isso amiga dos mais pobres – por abafar a atenção inteligente ao caso particular e a gratuidade que anima e motiva tanto pessoas como comunidades. Estas e outras tantas questões fazem-me suspeitar que não estejamos longe de um Estado de asfixia!                     
Fonte:P. Miguel Gonçalves Ferreira sj, OBSR

Da Delicadeza


Eu gosto de delicadeza.
Seja nos gestos, nas palavras, nas ações, no jeito de olhar, no dia-a-dia 
e até no que não é dito com palavras, 
mas fica no ar ...


Manel Bandeira

segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde



Mário Centeno É Hoje Um Ministro Isolado

Mário Centeno é hoje um ministro isolado, dentro do Governo e no PS, e sem proteção política do primeiro-ministro. Isolado e cercado. É este o contexto em que está a trabalhar na proposta de Orçamento do Estado para 2020, com pressões e influências de todos os lados. Os ministros das Finanças costumam dizer que o orçamento seguinte é o mais difícil de sempre. O de 2020, para Centeno, não será apenas o último, será mesmo o mais difícil, e não é por boas razões.

Mário Centeno é um ministro que tenta resistir ao Governo — à maioria dos ministros que o integram — e ao partido que suporta o Governo, o PS. Não é sempre assim? É, é esse o papel do ministro das Finanças, a conhecida ditadura das Finanças, mas agora há uma enorme diferença, é que Centeno não tem o apoio de António Costa. O primeiro-ministro suporta o ministro das Finanças, mas na prática já o descartou. O ministro das Finanças, esse, está em posição frágil, porque precisa do primeiro-ministro para ser governador do Banco de Portugal. É uma relação política totalmente desequilibrada, foi quase sempre assim, mesmo quando Centeno era o “Ronaldo das Finanças”. Como o outro Ronaldo, agora, Centeno já está muitas vezes no “banco”, sai a meio do jogo e às vezes nem chega a equipar-se.

A opção de Centeno e da equipa das Finanças não é neutra. Para o próprio, mas sobretudo para as contas do Estado e para aario  economia do país

António Costa, ECO (ler artigo completo)

Mar De Dentro

(...) Ali posso ficar mais tempo quieta, tentando compreender o que é um mar. Escutando, contemplando ou mergulhando nele, ou observando-o do alto dos morros quando se revolve e arfa, aprendendo que o mar não é apenas movimento e rumor. O mar, como tudo o mais - também as pessoas -, é o seu próprio escondido que à noite chega à superfície, procurando não se sabe o quê, talvez buscando apenas quem o escute e entenda.

Mar de dentro.
Lya Luft

domingo, 24 de novembro de 2019

Notícias Ao Fim Da Tarde (act.)

>Joacine critica direção do Livre: “Fui eu que ganhei as eleições sozinha”

A Tese De Que Cada Época Tem A Sua ‘Mania’.

Resumo [JAS] a ideia, com algumas alterações.
Nos anos 50, a afirmação social fazia-se muito através do ‘emprego’ – e havia uma profissão em ascensão, a dos empregados bancários, gozando de boa situação financeira, vários privilégios (como uma cooperativa exclusiva) e um certo prestígio social.
Nos anos 80, a diferenciação fazia-se pelo ‘local’ de habitação. Viver no Restelo ou no Areeiro, por exemplo, era sinal de estatuto. Mas viver na Amadora ou na Margem Sul tinha o sentido oposto.
No ano 2000, as pessoas passaram a distinguir-se pelo ‘consumo’, e surgiu a obsessão pela roupa de marca. Todos, a começar pelas crianças, queriam usar roupa de marca. A coisa começou a declinar com a proliferação das contrafações: as falsificações eram tantas, que a maior parte da roupa de marca era falsa e o seu uso passou a ser sinal de ‘parolice’.
Em 2018 entrámos no tempo das ‘causas’.  As pessoas distinguem-se por terem ‘causas’. Causas ideológicas e causas ambientais.
Tudo hoje se transforma em ‘causa’. É a causa dos sem-abrigo, a causa dos toxicodependentes, a causa dos transexuais, a causa do aborto, a causa da eutanásia, a causa dos migrantes, a causa do chumbo escolar, etc.
Os sem-abrigo, os toxicodependentes, as mulheres que querem abortar, os migrantes são vistos como vítimas da sociedade – pelo que a sociedade tem a obrigação de as ajudar.
Aos sem-abrigo é preciso oferecer casas e emprego; aos toxicodependentes é preciso fornecer seringas e disponibilizar salas de chuto; aos que nasceram no corpo errado a lei tem de permitir a mudança de sexo cada vez mais cedo e o Estado tem de pagar a operação; às mulheres que querem abortar o Estado tem de oferecer condições condignas; aos doentes que querem morrer é preciso proporcionar uma morte suave; aos migrantes que são apanhados no mar é preciso dar acolhimento e condições de vida; às crianças que chumbam na escola e ficam traumatizadas é preciso deitar a mão e acabar com os chumbos.
E depois são as causas individuais, como a causa de Vuvu Grace, a causa de Joacine Katar Moreira, até a causa da mulher que deitou o bebé no lixo.
Algumas destas causas parecem ‘boas causas’. E muita gente bem-intencionada torna-se sua apoiante ou mesmo militante.
O que estas pessoas não percebem é que estas ‘causas’ vão todas no mesmo sentido: a desresponsabilização individual. Os migrantes, os toxicodependentes, as mulheres que abandonam ou matam os filhos, são todos vítimas, não são responsáveis por nada. No limite, não há responsáveis – porque os próprios criminosos comuns também não têm culpa de o ser, pois nasceram na ‘pele’ errada ou a sociedade atirou-os para a marginalidade e o crime.
E a par destas causas ideológicas vêm as causas ambientais. Que também têm tendência a tornar-se ideológicas. Porquê? Sobretudo porque Trump e os seus mentores contestam algumas das suas premissas e os EUA abandonaram o Acordo de Paris.
E também porque Bolsonaro ‘deixou arder’ a Amazónia.
Mas, ao mesmo tempo que os militantes das causas ambientais participam em manifestações contra o ‘desleixo’ climático, ou a favor da Amazónia, ou contra Trump, colaboram muito mais ativamente do que as gerações anteriores na destruição do planeta.
Porquê?
Porque os jovens de hoje poluem dez vezes mais do que os jovens de há 20 ou 30 anos. Além de consumirem muito mais, viajam muito mais. Não se contentam com umas férias na Costa da Caparica ou mesmo na Ericeira, em Sesimbra, na Nazaré ou em Moledo – fazem férias em destinos longínquos e exóticos: o Bali, o Vietname, o Cambodja, as Maldivas, a Austrália. Muitos jovens, mesmo de estratos baixos, procuram estes destinos – sem se preocuparem com os custos ambientais de viagens de avião para longas distâncias, com descolagens, aterragens e gastos tremendos de combustível.
Esses jovens ficam escandalizados se um fulano deitar no lixo uma garrafa de plástico em vez de a deitar no respetivo contentor. Mas depois consomem brutalmente e viajam loucamente, com os correspondentes custos para o ambiente.
Vivemos numa época cheia de mitos, fantasias e contradições.
Mas ai de quem os denuncie.
Porque os novos inquisidores estão atentos, apontam o dedo aos heterodoxos, aos politicamente incorretos, aos que revelam as contradições, as confusões de valores. Quais bispos fundamentalistas de um novo credo, perseguem os infiéis, os que não seguem a doutrina. É assim, em todas as épocas, com todos os detentores da ‘verdade’.
E são persistentes. Invadem as redações dos jornais e das TVs, batem-se pelas suas ideias. Mesmo comentadores encartados, com medo deles, evitam dizer abertamente o que pensam.
E vão ganhando posições. Veja-se o que Bloco de Esquerda já ‘ganhou’ desde que surgiu. E atrás de uma causa vem sempre outra, para manter a pressão.
Claro que chegará a altura em que uma gota fará transbordar o copo.
Vejo muita gente revoltada, indignada, inconformada. O fascismo surgiu como e porquê? Como reação ao comunismo e às ideias internacionalistas da revolução russa.
E esta onda de extrema-direita que cresce na Europa é devida a quê? É uma reação contra a ofensiva da extrema-esquerda nos últimos tempos, com a política de ‘causas’.
Isto não vai acabar bem.
( José António Saraiva, resumindo a ideia deJosé Alberto Allen Lima, SOL)