domingo, 15 de agosto de 2010

Hospitais Sem Prevenção De Erro Médico ...


... São metade dos Existentes

Total de processos por erro ou negligência médica dispararam nos últimos anos. Indemnizações a doentes ultrapassam os 29 milhões de euros.

Apenas 53% dos hospitais públicos têm protocolos de prevenção de erro médico. Estes mecanismos, que resultam de processos de acreditação de segurança e qualidade, dão aos hospitais "menos margem para errar", disse ao Diário Económico o médico José Fraga, autor do livro "Erro em Medicina".

De acordo com dados publicados no livro de José Fragata, por cada 100 doentes que recorrem ao hospital, 10 são vítimas de erro médico, ainda que em 65% dos casos sem consequências para a sua saúde. E ainda que em Portugal não exista um registo oficial destes casos, por extrapolação, a partir de estatísticas internacionais, é possível concluir que três mil pessoas morrem anualmente vítima de erro no sistema de saúde.

"Os processos têm aumentando consideravelmente, pelo menos no distrito judicial de Lisboa", garante o juiz desembargador Eurico Reis. E avança duas explicações: "Se por um lado as pessoas têm mais noção do seus direitos, admito também que exista menos controlo da qualidade dos serviços de saúde quer no sector privado, com a proliferação de novas unidades, quer no público onde antes havia um maior controlo interno ligado às progressões na carreira".


Para Que Conste ...


Pedro Passos Coelho, líder do PSD, advertiu o Governo que o partido só aprovará o Orçamento do Estado para 2011 se o Governo apostar na redução da despesa e não voltar a aumentar impostos.

O Vazio Que Nos Rodeia


«Há um vazio acima de nossas cabeças órfãs e perdidas, abaixo de nossos pés inseguros e escorregadios, ao redor de nosso agir febril e pragmático. Procuramos uma palavra no céu e topamos com o silêncio inquietante e impenetrável, que a um só tempo diz tudo e tudo oculta; procuramos um terreno sólido sobre o qual firmar as raízes e apoiarmo-nos, e escorregamos para um abismo sem fundo, dele ficando suspensos por um fio ténue e frágil; procuramos um rosto que, em meio à multidão solitária, nos transmita vida e nos reconheça, e todos se furtam sorrateiramente.»

Alfredo J.Gonçalves