domingo, 15 de maio de 2011

A Dimensão Do Absurdo

O que é interessante nesta realidade é a sua dimensão de absurdo. O mundo em que pensamos que vivemos é, afinal, um outro mundo completamente diferente.

Se não vejamos. Os direitos dos cidadãos estão consagrados na Constituição e em leis. Mas isso não impediu a redução desses direitos, mais ou menos disfarçadamente. Qualquer um de nós, incluindo até quem trabalha na  Administração Pública, sabe que o despedimento ou é ou pode ser a breve prazo muito mais fácil, que a saúde não é gratuita, que a pensão de reforma está muito longe de ser garantida, que o subsídio de desemprego vai emagrecer cada vez mais... Tudo direitos dados como adquiridos, consagrados na Lei e na Constituição, que facilmente vão desaparecendo.

Há notícia de alguém ter recebido alguma indemnização por ter visto os seus direitos reduzidos? Claro que não.

Em contrapartida, os contratos - meros contratos entre duas partes - apresentam-se com a força que a teoria dá à Lei e à Constituição. Não se consegue rever um contrato sem que o Estado (diga-se, os cidadãos e contribuintes) tenha de pagar uma indemnização.

Fonte: Helena Garrido,J de Negócios

Têm Olhos Mas Nada Vêem ...

Um homem caminhava apressadamente em plena noite e, ao virar uma esquina, tropeçou violentamente com outro que segurava uma lanterna. O que tropeçava começou a repreender o outro com maus modos e já ia dar-lhe um murro, quando se apercebeu de que ele era cego. Então, perguntou:
    - Por que diabo anda com essa lanterna se é incapaz de ver seja o que for?
    O cego repôs:
    - Para aqueles que, tendo olhos, deviam ver, mas nada vêem.
Para que não sejam tão negligentes. Precisamente, para que me possam ver a mim em vez de chocar comigo.