quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Mais Uma Polémica À Nova Administração Da Caixa Geral De Depósitos

... Depois da demora dos gestores de António Domingues entregarem as suas declarações de rendimentos ao Tribunal Constitucional.​

Administrador da Caixa Geral de Depósitos negou ter recebido informações, mas Bruxelas afirma que Domingues esteve nas reuniões.

A afirmação​ desmente António Domingues. O presidente da Caixa Geral de Depósitos havia negado que tivesse “acesso a qualquer informação” antes de ser empossado como administrador da Caixa, respondendo a uma crítica de Pedro Passos Coelho.

O líder da oposição criticara o governo do PS por “fazer um processo de reestruturação preparado por quem nem era ainda administrador do banco”. Domingues respondera a Passos Coelho, desmentindo-o, mas Bruxelas veio hoje confirmar a versão do líder do PSD.

Fonte: Ji

Prognósticos : Continua a desconfiança e parece que esta vai continuar em ponto morto.

As Esquerdas Esquecem Que As Relações De Produção E Económica Determinam As Relações Políticas? Pode Haver Política Soberana, Sem Soberania Económica?

Da esquerda à direita da governação, o domínio dos magnânimos distributivistas (os políticos dos "aumentos" dos salários e pensões sem produtividade) é notório. O BE e o PCP reservam-se: não querem estar no Governo, ainda que o sustentem. Ameaçam com rua e redes sociais, temorizando os partidos da "normalidade" para a mudança exigida. Lutam para ver quem distribui mais, com muito pouco para distribuir.

Na Europa do euro, disciplinado por alemães e pelos seus amigos do Leste, acompanhados por franceses com o seu "grandeur" de planos, mas impregnados de rigidez económica, italianos endividados uns com os outros, espanhóis divididos pelas autonomias, ingleses impreparados para o divórcio, o preço da nossa marginalidade é elevado. Não o queremos suportar, aspirámos ao seu benefício, mas fugimos da mudança necessária para sermos campeões no clube dos ricos. Preferimos alterar as regras do jogo quanto perdemos, e manter quando ganhámos.(...)

Refugiam-se num crescimento económico, ancorado em criar mais dívida. Terminada a venda de ativos mais atrativos, resta-nos o sebastianismo europeu: "Eles vão compreender que não conseguimos pagar a dívida." Os credores sabem-no tão bem como nós. Não aceitam os partidos que se sustentam com o incumprimento real ou escamoteado.

Os silêncios táticos dos sindicatos da função pública e do setor privado são o reflexo da ambivalência política. Se é verdade que a longo prazo estamos todos mortos, este regime político também o está. Sabemos que irá morrer, não sabemos é o dia e a hora. Adia o óbvio, para adiar a sua queda. A coligação política que sustenta a atual legislatura faz parte naturalmente dessa mudança. Sem ela não poderia haver mudança. Talvez assim se prove a impossibilidade do regime.

Excertos do artigo de ontem de Jorge Marrão no J Negócios

A Telenovela Da CGD Seria Risível Se Não Fosse Trágica

A telenovela da Caixa Geral de Depósitos seria risível se não fosse trágica, na medida em que o que está em causa é o futuro do maior banco nacional.
O que está em causa é também a ligeireza, a incompetência e a ausência de sentido de Estado com que o assunto tem sido tratado. Neste caso ninguém sai limpo, nem o primeiro-ministro, nem o ministro das Finanças e nem a nova administração.
Nem mesmo o Presidente da República, que já deveria, pela palavra, ter posto alguma ordem na casa e dado ao governo um tempo-limite, forçosamente curto, para resolver a confusão que o próprio governo criou.
O facto de todos, incluindo o Presidente, atirarem para o Tribunal Constitucional a decisão sobre uma questão eminentemente política e da área da governação, transformando-a numa questão jurídica, não lembraria ao diabo e mostra à saciedade a tibieza de todos os intervenientes neste processo.(...)

Neste caso ninguém sai limpo, nem o primeiro-ministro, nem o ministro das Finanças, nem a nova administração, nem o Presidente da República (continuar a ler)

Charme É ...

 "Charme é conseguir a resposta 'sim' sem ter feito nenhuma pergunta clara."

(Albert Camus)