sexta-feira, 6 de setembro de 2019
"A Vespa-asiática Nunca Chegaria A Lisboa Se Em 2013 Nos Tivessem Ouvido"
Mais importante do que destruir os ninhos é prevenir a proliferação desta espécie invasora e predadora de abelhas. O projecto GoVespa, da UTAD, prepara uma tecnologia para localizar ninhos através de microsensores e drones — mas não é tarefa fácil.
A vespa-asiática foi detectada pela primeira vez em Portugal no ano de 2011, em Viana do Castelo, e tem vindo a alastrar-se para o resto do país – Lisboa é, até agora, o distrito mais a sul onde a espécie foi avistada. O investigador José Aranha faz parte de uma equipa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que trabalha há sete anos no estudo e monitorização desta vespa – e integra um projecto que ajudará a localizar e destruir ninhos através de drones, microtransmissores e radares. Mas o problema, diz, poderia ser menos grave: “Nós alertámos para a expansão destas vespas e, se em 2013 nos tivessem ouvido e as pessoas tivessem cuidado no manuseamento dos materiais, a vespa-asiática não chegava a Lisboa, como agora é o caso”.
Quanto ao cenário futuro, tudo dependerá da postura assumida pelas autoridades. “Se tivermos o cuidado de fazer as quarentenas e de fazer a devida vigilância do que transportamos e se instalarmos armadilhas, conseguimos reduzir a dispersão da vespa”, garante. “Mas se continuarmos com uma atitude de combate em vez de uma atitude preventiva, é provável que dentro de meia dúzia de anos a vespa esteja espalhada por todo o território nacional”. (continuar a ler)
A vespa-asiática foi detectada pela primeira vez em Portugal no ano de 2011, em Viana do Castelo, e tem vindo a alastrar-se para o resto do país – Lisboa é, até agora, o distrito mais a sul onde a espécie foi avistada. O investigador José Aranha faz parte de uma equipa da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) que trabalha há sete anos no estudo e monitorização desta vespa – e integra um projecto que ajudará a localizar e destruir ninhos através de drones, microtransmissores e radares. Mas o problema, diz, poderia ser menos grave: “Nós alertámos para a expansão destas vespas e, se em 2013 nos tivessem ouvido e as pessoas tivessem cuidado no manuseamento dos materiais, a vespa-asiática não chegava a Lisboa, como agora é o caso”.
Quanto ao cenário futuro, tudo dependerá da postura assumida pelas autoridades. “Se tivermos o cuidado de fazer as quarentenas e de fazer a devida vigilância do que transportamos e se instalarmos armadilhas, conseguimos reduzir a dispersão da vespa”, garante. “Mas se continuarmos com uma atitude de combate em vez de uma atitude preventiva, é provável que dentro de meia dúzia de anos a vespa esteja espalhada por todo o território nacional”. (continuar a ler)
O Que Faz Falta ...
… São líderes partidários comprometidos com a construção de um Portugal saudável e de uma economia expurgada dos entorses provocados pela corrupção, que, além do mais, desanima a cidadania.
Não é por falta de palavras bonitas que em Portugal não avança um verdadeiro combate político à corrupção. Ainda há poucas semanas, o primeiro-ministro, António Costa, afirmava, solene: “Não tolero, em caso algum, qualquer forma de corrupção. Acho que é degradante para a Democracia e tem de ser exterminada”.
A questão está em que o tempo passa, os casos sucedem-se, e não se testemunha qualquer movimento partidário para a aprovação de medidas concretas. Mesmo em período de pré-campanha eleitoral o tema não é colocado em destaque – e nisso o partido do Governo conta com a cumplicidade de todos os outros, novos e velhos, à esquerda e à direita. A futilidade, como se tem visto, promete voltar a imperar nos debates e nas entrevistas.
(excertos do artigo de João Marcelino, hoje no JE)
De Que São Feitos Os Dias ?
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.
Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inactuais esperanças.
De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.
Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...
Cecília Meireles

