segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Notícias Ao Fim Da Tarde

 

A Frase (181)

Ao reconhecer a Palestina agora, sem que daí resulte qualquer ganho tangível, a Europa desperdiçará uma das armas mais potentes do seu arsenal diplomático.

     
 Apesar destes e outros problemas, Portugal juntou-se ao grupo que pressiona Israel. Impôs, contudo, seis condições prévias, em grande medida comuns aos demais países que agora se prestam ao reconhecimento. Primeiro, a condenação dos actos terroristas do Hamas e o desarmamento desta organização terrorista. Segundo, a libertação incondicional e imediata de reféns e prisioneiros. Terceiro, o compromisso com uma reforma institucional interna e a marcação de eleições. Quarto, a aceitação do princípio de um Estado palestiniano desmilitarizado, cuja segurança externa seja garantida por forças internacionais. Quinto, retomar a administração e o controlo total da Faixa de Gaza, com saída do Hamas. Por último, o reconhecimento do Estado de Israel e das necessárias garantias de segurança.
Caso haja um módico de rigor na obediência a estes critérios, são duas as hipóteses possíveis. A primeira, mais provável, é o não reconhecimento da Palestina.       (Diogo Noivo, DN)

A segunda, mais desejável, é o ambicionado reconhecimento. Mas para que tal aconteça o Hamas tem de desaparecer, pelo menos na sua forma actual, sob pena de ser impossível cumprir os pontos primeiro, quarto e quinto.

Logo, o reconhecimento da Palestina implicará outro, bastante mais espinhoso: reconhecer que Netanyahu desempenhou um papel fundamental no enfraquecimento do Hamas.

A Primeira Linha Ferroviária De Alta Velocidade Em Portugal

 Foi esta semana assinado o contrato de concessão da primeira linha ferroviária de alta velocidade em Portugal, que ligará o Porto (Campanhã) a Oiã, correspondendo ao primeiro troço da futura ligação Lisboa-Porto. Um momento histórico, que merece ser sublinhado e que nos convida a destacar quatro razões para celebrar. (José Mendes, DN)

Começamos com o tiro de partida que muitos já julgavam impossível. Durante décadas, a alta velocidade em Portugal foi um tema intermitente, tantas vezes prometido, tantas vezes adiado, até cair na categoria das ideias bonitas mas politicamente inviáveis. Muitos já tinham perdido a esperança de viajar, em poucas horas, entre as duas maiores cidades do país, num comboio moderno, rápido e eficiente. Este contrato é, finalmente, o ponto de não retorno: a primeira máquina está prestes a entrar em marcha e, com ela, a certeza de que o país se prepara para dar um salto que peca por tardio, mas que será transformador.

Num Mundo Onde As Conexões São Superficiais

 
Num mundo onde as conexões são superficiais e a lealdade é testada diariamente,
saber filtrar o que diz — e a quem — é uma forma de autopreservação.