sexta-feira, 16 de maio de 2025

A Frase (124)

As eleições deste domingo não deverão, provavelmente, dar origem a mais um governo minoritário que estará dependente das boas graças dos partidos representados na Assembleia da República. De acordo com as sondagens, o cenário mais provável será o de uma vitória da AD, sem maioria.  A concretizar-se esta possibilidade - e se não for possível uma coligação pós-eleitoral que assegura uma maioria parlamentar - estas eleições terão servido essencialmente para dois propósitos: por um lado, legitimar a continuidade de Luís Montenegro à frente do Governo e do PSD, após o caso Spinumviva.  (Filipe Alves, DN)

Por outro, promover uma mudança de liderança no Partido Socialista, com figuras como Fernando Medina e José Luís Carneiro a posicionarem-se como possíveis candidatos à sucessão de Pedro Nuno Santos. Mesmo que o líder socialista se mantenha na liderança, após uma eventual derrota nas eleições deste domingo, estará provavelmente a prazo.

O PS arrisca-se a cristalizar como um partido envelhecido, muito associado a algum funcionalismo público e aos reformados. O que está a falhar na sua comunicação e que explica o facto de não estar a chegar aos jovens? São as políticas que propõe? É o facto de os jovens de hoje terem crescido durante os longos anos dos governos de António Costa e procurarem algo diferente? 

Esta reflexão não é, obviamente, algo que se exige apenas ao PS, porque o mesmo sucede noutros partidos. Mas se o PS quiser continuar a ser um dos dois grandes partidos do regime democrático terá de, muito rapidamente, oferecer soluções inovadoras para os problemas dos jovens.

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