Neste quadro, a Ucrânia é ponto de fricção. A retórica russa sobre armas nucleares táticas abre espaço a respostas simétricas. Embora seja Estado não-nuclear, o seu conhecimento técnico e herança infraestrutural sugerem hipótese de reversão. Em cenário de ameaça existencial extrema, o tabuleiro pode inverter-se. Moscovo banalizou o nuclear e corroeu o seu valor simbólico. Quando a ameaça se torna quotidiana, a dissuasão perde eficácia. (...)
O nuclear regressou, mas já não é apenas medo: é engenharia, economia e poder industrial. A dissuasão do século XXI mede-se não só pela ogiva, mas pelo escudo que a pode travar. Quem dominar essa cúpula dourada definirá as novas regras do A dissuasão nuclear regressou ao centro da política internacional, não como sombra do passado, mas como instrumento de cálculo estratégico num mundo onde o pragmatismo substituiu a ideologia. mundo.

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