É a festa da democracia, dizem-nos.
No final, é um espectáculo ao nível de um combate de boxe singular onde a parte intenta esmurrar a contra-parte, mas de forma especial, sem que o golpe lhe custe algum potencial embaraço, desgosto, mágoa ou qualquer repugnância no eleitorado que, esse sim, ao contrário do adversário que apenas faz figura de corpo presente, pretende alcançar, mover, comover ou abraçar. O verdadeiro debate não é, portanto, um debate, mas sim dois comícios onde, à vez, e fingindo conversar, regatear ou rebater, cada qual, com mais ou menos engenho, procura “fazer passar a sua mensagem”. Daí que se debata pouco e esclareça menos ainda, ou seja, nada.(...)

Sem comentários:
Enviar um comentário