quarta-feira, 17 de dezembro de 2025

Esta É A Frase (272)

Morte por aquecimento global?! - O problema agrava-se porque um aumento médio global de 2 ºC traduzir-se-á, em muitas regiões, em subidas de 3 a 4 ºC, como no Médio Oriente. Isto significa que várias zonas do planeta poderão tornar-se inabitáveis para grande parte da população, que terá de emigrar para sobreviver.    (Manuel Collares Pereira, J Económico)

As implicações sociais e económicas desta migração em larga escala ainda não estão a ser devidamente consideradas nem preparadas. Esta é uma forma de perceber a urgência que tem sido sublinhada rumo à COP 30. E, embora a janela de oportunidade esteja a fechar-se rapidamente, ainda podemos agir. Mas só se começarmos agora – e com a determinação que o momento exige

A temperatura média do planeta não deveria aumentar mais de 1,5ºC até 2100, mas esse limite já foi ultrapassado. Se continuarmos neste caminho, poderemos chegar ao final do século com um aumento próximo dos 3ºC. O problema é que, para além do agravamento das catástrofes naturais que já hoje enfrentamos – chuvas intensas, inundações, tornados, furacões, incêndios, subida do nível do mar – existem consequências diretas para a saúde humana e para a própria sobrevivência das populações, que não podemos ignorar. 

A aceleração do aquecimento global aumenta significativamente o número de dias por ano com temperaturas e níveis de humidade extremos. Com um aumento médio global de 1,5 ºC, estes eventos são muito menos frequentes do que seriam com um aquecimento de 2 ºC e, sobretudo, se nos aproximarmos dos 3 ºC. (...)

Nestes cenários, a probabilidade de ondas de calor letais sobe de forma acentuada e, em algumas regiões do planeta, esses efeitos poderão tornar-se permanentes. Entre as zonas mais ameaçadas estão o Golfo Pérsico, a América Central, o norte da América do Sul, a península Indiana, a costa leste da China e o sudoeste da Ásia, regiões densamente povoadas. A atitude atual, que na prática adia a ação necessária para manter o aquecimento global nos 1,5 ºC, terá impacto rápido e profundo no nosso futuro. (...)

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