Os sistemas políticos europeus estão em crise profunda, [porque estes sistemas] foram todos concebidos para outro tempo, e por inércia perduraram. […] E a alternativa ao velho é o velho, velho em ideias, velho em estruturas, velho em organização, velho em pessoas, e isso é um problema na Europa”. (...)
Os democratas liberais oferecem a sua própria política do medo: o medo de que os autocratas de direita/esquerda cheguem ao poder nas sociedades ocidentais. Mas a questão-chave para a democracia liberal não é se ganha o “cabo do medo” contra a extrema-direita – é, antes, se consegue navegar com sucesso o atual interregno e ser um alicerce político do novo ciclo histórico, pelo menos na Europa.(...)Há poucas dúvidas de que as alternativas autoritárias autocráticas de direita/esquerda às incertezas do futuro são concetualmente antigas. Embora possam causar perturbações temporárias – partindo do princípio de que não nos destroem a todos no processo – não podem inverter o curso inexorável da história humana, que é impulsionado pelos avanços tecnológicos e não por decisões políticas.(...)
Mas, embora a democracia liberal possa ajudar a tornar mais pacífico o período de transição para uma nova era, também ela parece ser uma resposta desactualizada aos desafios do futuro, e falta-lhe fundamentalmente o pathos para lançar as bases ideológicas de uma nova ordem. (...) (ler texto na íntegra)
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