quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da tarde

A Frase (48)

  Sim, existe uma relação entre imigração e segurança. Sim, há muita gente insegura, fragilizada e sem direitos. Só que não são os portugueses. São os imigrantes. Se começássemos a olhar para eles como seres humanos, em vez de bolinhas de pingue-pongue no jogo entre esquerda e direita, talvez os seus problemas se resolvessem mais rapidamente.   (João Miguel Tavares, Público)

“Existe relação entre imigração e segurança ?” Veredicto: falso. “Vários relatórios indicam que não há ligação entre a entrada de imigrantes e o número de crimes praticados em Portugal ou a segurança do país.”  

Se olharmos para a questão de outro ângulo. - Sim, existe uma relação entre imigração e segurança. Sim, há muita gente insegura, fragilizada e sem direitos. Só que não são os portugueses. São os imigrantes. Se começássemos a olhar para eles como seres humanos, em vez de bolinhas de pingue-pongue no jogo entre esquerda e direita, talvez os seus problemas se resolvessem mais rapidamente.  

À Procura Da Tranquilidade ...


 Aprender a procurar a tranquilidade e a vivê-la é algo extremamente simples e valioso. 
Trata-se de aceitar com um sorriso o que a vida nos dá, apreciar o pouco que seja, 
em vez de andarmos alienados a sonhar com coisas tontas. A nossa ansiedade, 
raiva e frustração são sinais de que algo de essencial está errado entre nós e o mundo, 
e talvez não seja o mundo.
Nada na vida é garantido e isso torna-a ainda mais bela. Um dom.

Devíamos deixar que a paz nos guiasse por entre os nossos dias e noites. Afinal, 
a felicidade não está nos sonhos, mas sim na capacidade que temos de aceitar e 
admirar calmamente o fragmento de vida que nos anima.

Quem assim sabe viver talvez possa encarar a morte como apenas mais um 
momento mau entre duas tranquilidades.

(José Luís Nunes Martins)    

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A Frase (47)

 O alarme e o pânico avistados em muitas pessoas – na política socialista e também na comunicação social – à conta da possibilidade de o PS perder as próximas eleições está entre o divertido e o triste.  (Maria João Marques, Público)

Divertido – eu, pelo menos, divirto-me sempre que vejo pessoas adultas, algumas com ainda mais décadas que eu, acenando apopléticas com cenários de apocalipse perante eventos absolutamente normais, e até saudáveis, numa democracia; a alternância democrática, por exemplo. 

E a parte do triste vem de percebermos como há tanta gente de esquerda, no âmago, profundamente antidemocrática. Não convivem bem com o exercício do poder por pessoas que pensam de maneira diferente e ousam (como se atrevem?) querer organizar a comunidade noutros moldes. 

Quais democratas das democracias musculadas, não toleram que pessoas de outras ideologias, essa escória, também sejam representadas nos órgãos de decisão máximos de um país, ao invés de se remeterem para uns lugares rasteiros da pirâmide política.

Eu Sou Aquela Mulher A Quem O Tempo Muito Ensinou


 Eu sou aquela mulher
a quem o tempo
muito Ensinou.
Ensinou a amar a vida,
Não desistir da luta.
Recomeçar na derrota.
Renunciar a palavras e pensamentos negativos.
Acreditar nos valores humanos.
Ser otimista.

Creio numa força imanente
que vai ligando a família humana
numa corrente luminosa
de fraternidade universal.
Creio na solidariedade humana.
Creio na superação dos erros
e angústias do presente.

Acredito nos moços.
Exalto sua confiança,
generosidade e idealismo.
Creio nos milagres da ciência
e na descoberta de uma profilaxia
futura dos erros e violências
do presente.

Aprendi que mais vale lutar
do que recolher dinheiro fácil.
Antes acreditar do que duvidar.

(Cora Coralina)

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

A “consciência de si”, E A Procura De Uma Educação Mais Emocional.

 “se não houver educação maciça, os seres humanos vão matar-se uns aos outros”. Associou a carência de educação ao crescimento de movimentos anti-imigração, à ascensão de partidos neonazis de nacionalismo xenófobo. (António Damásio [há uns anos atrás]

Face ao panorama atual, somos levados a crer que os sistemas educativos estão a falhar?Em parte, a resposta é um sim. Os sistemas educativos não estão a responder aos desafios que enfrentamos atualmente. 

A situação inclui uma transformação profunda do dia a dia que se relaciona com diversos fatores, como a aceleração do ritmo de vida, a perda de influência de sistemas religiosos que, tradicionalmente, têm funcionado como moderadoras da agressividade e da violência, a transformação do entretenimento que, no presente, é muito mais violento do que no passado. O fator que possivelmente é o mais importante prende-se com a transformação imposta pelas redes sociais.

Um dos fatores que contribui para o aumento da violência prende-se com a desregulação que resulta das redes sociais. Hoje, há a substituição da educação, do tempo pessoal e de reflexão, pela diversão e entretenimento. Há o confronto constante com a ação, por vezes violenta, como substituta da reflexão e da calma. Temos uma imagem permanente de violência e de ação, com a exibição de conflitos e incompatibilidades, em vez de propostas de soluções. Atualmente, há a exaustão frente ao conflito e a vulgarização do mesmo. É muito difícil as pessoas terem tempo para pensar soluções alternativas quando tudo aquilo que lhes é oferecido é violência e confronto. ( António Damásio, DN continuar a ler aqui

A Frase (46)

A lógica de vencer um debate pode ter a consequência de perder um país. Um candidato dá garantias de viabilizar um governo minoritário do adversário e logo a questão da “reciprocidade” se coloca como factor fundamental para a sobrevivência da democracia portuguesa. Um “não que é não” é objecto de discussão como se fosse um tratado sobre a natureza da política. Os “abcessos de fixação” estão a matar a discussão política pela facilidade, pelo imediatismo, pela vertigem do ciclo noticioso, porque algo tem de se passar quando afinal nada se passa. O discurso político está reduzido a um raciocínio de administração e contabilidade.   (Carlos Marques de Almeida, ECO)

O realismo político não pode ser definido por um olhar superficial e impensado sobre as aparências. Porque a política em Portugal é o recreio da superfície e da aparência, o país é uma realidade bipolar entre a euforia e a depressão. Sem casa e sem nome, os portugueses são as vítimas da banalidade da política.

No país das eleições não se pode ser exigente. A exigência é marca de arrogância intelectual, actividade antinacional, frustração existencial. O país político adora criticar os “profetas da desgraça” e adora elogiar os “idiotas úteis”. No país das eleições temos de ser optimistas. O optimismo de quem acredita na “lucidez dos políticos”, no voluntarismo das boas intenções, na capacidade dos portugueses. O país político adora as “posturas construtivas” que garantem no futuro o “interesse nacional”. Contra todos os “situacionismos” e a bem do interesse nacional vamos apenas ser realistas e exigir o impossível. 

Viver É ...

 

Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.

Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.

Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.
Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. (...)

A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

Joaquim Pessoa, em 'Ano Comum'

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde

Esta É A Frase (45)

"Isto é muito fácil, camaradas” - A CGTP não percebeu que os tempos mudaram. O operariado, no sentido tradicional do termo, está a dar lugar ao capital intelectual  (Camilo Lourenço, J Negócios)

A CGTP mudou de liderança. Pôs de lado a gerontologia para abraçar a juventude, substituindo Isabel Camarinha por Tiago Oliveira, autor da frase que dá título ao artigo. Frase que veio acompanhada de um “Não há meio termo: ou estamos do lado de quem trabalha ou de quem explora” ...

Alguns Aspectos Normais Da Saúde Perfeita


«Curiosidade, entusiasmo e paixão pela vida, são aspectos normais da saúde perfeita. »

(Deepak Chopra)

domingo, 25 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde


Esta É A Frase (44)

Pedro Nuno, que no PS parecia ser o ungido para suceder a Costa, é protagonista de uma campanha medíocre. Parece um nadador que se afoga num copo de água.   (Armando Esteves Pereira, CM)

Não está a ser uma campanha alegre, mas há um grande elefante na sala, chama-se Chega e provavelmente terá um grande grupo parlamentar.
A ascensão do Chega condicionou a esquerda. 

Pedro Nuno Santos, que até esteve num bom plano no debate com Montenegro e aí acenou à viabilização de um governo minoritário do PSD, embrulhou-se nos dias seguintes em tantas contradições.
Entramos agora oficialmente na campanha eleitoral, oficiosamente a mais longa da história constitucional portuguesa, com maior duração do que alguns governos da nossa história, porque começou a 7 de novembro, dia em que António Costa se demitiu.

Esquecimento ...


 “Não existe o esquecimento total: as pegadas impressas na alma 
são indestrutíveis.”

(Thomas de Quincey)

sábado, 24 de fevereiro de 2024

Notícias Ao Fim Da Tarde