Seja Lá Como For Tenha Fé
sábado, 31 de dezembro de 2016
A Sátira É Uma Espécie De ...
A sátira é uma espécie de espelho, onde aqueles que o fitam descobrem a cara de toda a gente menos a sua.
Swift
Swift
sexta-feira, 30 de dezembro de 2016
Enfim ... É O Que Há
Os portugueses torraram os cartões no Natal e alguns moralistas vieram civilizar os rústicos. Onde está a poupança? Onde está o realismo? Onde está a consciência das nossas dificuldades – economia anémica, um défice mascarado com remendos, etc.? Obviamente, não estão. Nem podiam.
Para começar, os exemplos que vêm de cima não inspiram prudência ou frugalidade: se Costa governa à grande e à francesa, os portugueses vivem à portuguesa. E viver à portuguesa, hoje como ontem, é aproveitar o momento antes que a festa acabe. Como ninguém espera nada de amanhã, gasta-se como se não houvesse amanhã.
Há quem veja nisto uma forma de ‘vivermos acima das nossas possibilidades’. Corrijo. É uma forma de aproveitar as possibilidades – uma disposição cultural que eu, confesso, já deplorei em tempos. Não mais. Quem meteu na cabeça que os portugueses deviam ser alemães tem de ir viver para a Alemanha.
João Pereira Coutinho, CM
Para começar, os exemplos que vêm de cima não inspiram prudência ou frugalidade: se Costa governa à grande e à francesa, os portugueses vivem à portuguesa. E viver à portuguesa, hoje como ontem, é aproveitar o momento antes que a festa acabe. Como ninguém espera nada de amanhã, gasta-se como se não houvesse amanhã.
Há quem veja nisto uma forma de ‘vivermos acima das nossas possibilidades’. Corrijo. É uma forma de aproveitar as possibilidades – uma disposição cultural que eu, confesso, já deplorei em tempos. Não mais. Quem meteu na cabeça que os portugueses deviam ser alemães tem de ir viver para a Alemanha.
João Pereira Coutinho, CM
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
Isto Aconteceu. Como Foi Possível ?
Estranhamente, o Presidente da República não comentou anteontem a morte da atriz norte-americana Carrie Fisher, que permanecerá para sempre viva nos nossos corações como a Princesa Leia da Guerra das Estrelas, irmã gémea do eterno Luke Skywalker.
Digo estranhamente porque no dia de Natal Marcelo Rebelo de Sousa achou por bem manifestar na página oficial da Presidência da República o seu "pesar" pela morte de George Michael, "um artista e compositor versátil e talentoso, com uma longa carreira de inequívoca qualidade" e que "tal como David Bowie e Prince, para mencionar apenas alguns que este ano nos deixaram, partiu demasiado cedo e de forma inesperada".
Com a ânsia de comentar em tempo real todas as notícias e mais algumas, Marcelo Rebelo de Sousa começa a parecer, nalguns momentos - como no "voto de pesar" por George Michael e para já não falar na sua patética iniciativa, evidentemente falhada, de salvar o Teatro da Cornucópia - que lê os poderes presidenciais de forma tão ampla que às vezes ultrapassa a fronteira do risível.
Alguém então que diga a Marcelo Rebelo de Sousa uma evidência: o que molda os poderes do Presidente da República é a Lei Fundamental. Não é, nem nunca poderá ser, a popularidade e a consequente tolerância dos eleitores. Isso, em Portugal, não é ser Presidente da República - é ser caudilho. Portugal já passou por isso - e deu-se mal.
Excertos do artigo de João Pedro Henriques, DN
Digo estranhamente porque no dia de Natal Marcelo Rebelo de Sousa achou por bem manifestar na página oficial da Presidência da República o seu "pesar" pela morte de George Michael, "um artista e compositor versátil e talentoso, com uma longa carreira de inequívoca qualidade" e que "tal como David Bowie e Prince, para mencionar apenas alguns que este ano nos deixaram, partiu demasiado cedo e de forma inesperada".
Com a ânsia de comentar em tempo real todas as notícias e mais algumas, Marcelo Rebelo de Sousa começa a parecer, nalguns momentos - como no "voto de pesar" por George Michael e para já não falar na sua patética iniciativa, evidentemente falhada, de salvar o Teatro da Cornucópia - que lê os poderes presidenciais de forma tão ampla que às vezes ultrapassa a fronteira do risível.
Alguém então que diga a Marcelo Rebelo de Sousa uma evidência: o que molda os poderes do Presidente da República é a Lei Fundamental. Não é, nem nunca poderá ser, a popularidade e a consequente tolerância dos eleitores. Isso, em Portugal, não é ser Presidente da República - é ser caudilho. Portugal já passou por isso - e deu-se mal.
Excertos do artigo de João Pedro Henriques, DN
Aqueles Que Passam Por Nós ...
quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
Assim Acontece ...
O Governo vai transferir mais de meio milhão de euros para quatro câmaras municipais, ao abrigo do regime de cooperação técnica e financeira com o poder local. Pormenor: as autarquias são todas governadas por executivos liderados pelo PS.
Proença-a-Nova, Arruda dos Vinhos, São Pedro do Sul e Penamacor são as câmaras visadas no despacho assinado a 10 de Novembro pelos secretários de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, e do Orçamento, João Leão, e publicado esta quarta-feira em Diário da República.(continuar a ler)
Agora Pensem !
Proença-a-Nova, Arruda dos Vinhos, São Pedro do Sul e Penamacor são as câmaras visadas no despacho assinado a 10 de Novembro pelos secretários de Estado das Autarquias Locais, Carlos Miguel, e do Orçamento, João Leão, e publicado esta quarta-feira em Diário da República.(continuar a ler)
Agora Pensem !
O Grande Momento " silly " Da Natal Season
Augusto Santos Silva pediu desculpas por ter chamado à concertação social “feira de gado”. Não podia fazer outra coisa.
A defesa entusiástica que Augusto Santos Silva faz das feiras de gado para justificar o injustificável – pelo qual se viu obrigado a pedir desculpa, “a quem se pode ter sentido melindrado” – é só por si o grande momento “silly” da Natal season.
Fonte:Ana Sá Lopes, Ji
A defesa entusiástica que Augusto Santos Silva faz das feiras de gado para justificar o injustificável – pelo qual se viu obrigado a pedir desculpa, “a quem se pode ter sentido melindrado” – é só por si o grande momento “silly” da Natal season.
Fonte:Ana Sá Lopes, Ji
Ordem E Desordem ...
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
Esta É A Frase ...
[António Costa saiu de São Bento e foi gravar a sua mensagem de Natal a um jardim-de-infância].
O mais relevante, porém, não é o que António Costa disse — mas o que não disse. E desta vez o primeiro-ministro não falou de contas, não falou de Orçamento, não falou da Europa ou da troika ou da austeridade. De resto, na conversa natalícia de Costa não houve oposição, não houve parceiros de acordo político. E mal houve passado. Não admira, portanto, a dificuldade em encontrar matéria para comentário político: Costa não fez um discurso tradicional, quis virar a página.
David Dinis,Expresso
O mais relevante, porém, não é o que António Costa disse — mas o que não disse. E desta vez o primeiro-ministro não falou de contas, não falou de Orçamento, não falou da Europa ou da troika ou da austeridade. De resto, na conversa natalícia de Costa não houve oposição, não houve parceiros de acordo político. E mal houve passado. Não admira, portanto, a dificuldade em encontrar matéria para comentário político: Costa não fez um discurso tradicional, quis virar a página.
David Dinis,Expresso
Em Nome De Um Bom Princípio, As Famílias Portuguesas Pagam Uma Sobrecarga Absurda
Os consumidores portugueses pagam este ano mais 500 milhões de euros na conta da luz para subsidiar as energias renováveis em comparação com as tarifas praticadas em Espanha. É uma renda abusiva.
Em nome de um bom princípio – a produção de energia não dependente de recursos fósseis –, as famílias portuguesas pagam uma sobrecarga absurda.
Os contratos realizados durante o governo de José Sócrates entregam milhões às empresas, que têm a garantia de vender toda a produção ao preço que querem, sem haver nenhum esforço para melhorar a eficiência e reduzir custos. Um contrato principesco que dura até 2025 e que custa milhares de euros a cada família.
Armando Esteves Pereira, CM
Em nome de um bom princípio – a produção de energia não dependente de recursos fósseis –, as famílias portuguesas pagam uma sobrecarga absurda.
Os contratos realizados durante o governo de José Sócrates entregam milhões às empresas, que têm a garantia de vender toda a produção ao preço que querem, sem haver nenhum esforço para melhorar a eficiência e reduzir custos. Um contrato principesco que dura até 2025 e que custa milhares de euros a cada família.
Armando Esteves Pereira, CM
O Mistério ...
Vislumbrei um clarão no mistério da sua presença...
...Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer...
...Quando o mistério é muito impressionante, a gente não ousa desobedecer...
Antoine de Saint-Exupéry
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Continuidade E Ruptura
Do pouco que sobra para a selecção democrática doméstica, há os governos, o Parlamento e o presidente. Quanto a este, temos o assunto resolvido presumivelmente por dez anos. Chega e sobra para amplas variações, consoante as circunstâncias e os protagonistas.
Marcelo é diferente de todos os que o antecederam porque é mais imprevisível e lúdico. Depois de mais de quatro décadas no activo político-comunicacional, não se lhe pode exigir grandes mudanças. Veja-se, por exemplo, este trecho revelador em "Mota Pinto, Biografia", de João Pedro George (Contraponto, 2016, que recomendo): "Quem estava a fazer a ponte com Sá Carneiro era Marcelo Rebelo de Sousa, todavia, no momento de clivagem do congresso (de Aveiro, em 1975), acabaria por não corresponder às expectativas, na hora decisiva acabou por não fazer o que tinha sido combinado previamente."
Encontro, pelo contrário, uma linha de continuidade em António Costa que é verdadeiramente o único líder partidário eficaz e capaz. Não é um elogio, é uma constatação. Passos também tem a sua, mas até agora ineficaz e incapaz. Não é uma crítica, é igualmente uma constatação.
Costa introduziu uma linha de ruptura no sistema e no regime que lhe permite o conforto da continuidade: a da garantia da governabilidade à Esquerda sem maioria própria do PS. O que cria, para a Direita, a obrigação de maiorias absolutas se pretender o poder. É um trabalho político que exige autoridade na liderança, capacidade federadora, inter e extra-partidária, e adesão social. Só dois líderes conseguiram isso, contra ou apesar dos presidentes de então: Sá Carneiro e Cavaco Silva. (continuar a ler)
A Equinácea Reforça O Sistema Imunológico
Em 1805, quando os pioneiros avançavam rumo ao interior dos EUA, Meriwether Lewis e William Clark encontraram uma margarida arroxeada que os nativos das Grandes Planícies chamavam de "cura para todos os males".
A dupla aprendeu como a planta era usada para tratar de mordidas de cães loucos e serpentes até pequenos males do dia a dia. Os efeitos eram tão significativos que a dupla de exploradores enviou amostras da margarida para Thomas Jefferson, que era botânico e então presidente dos Estados Unidos - o que definitivamente ajudou a torná-la conhecida.
Hoje, conhecemos a afamada margaridinha como Equinácea (Echinacea angustifolia), uma das plantas medicinais mais populares nos Estados Unidos e na Europa devido à sua capacidade de combater gripes e resfriados e reforçar o sistema imunológico humano.
De acordo com o professor Kelly Kindscher, da Universidade do Kansas (EUA), a planta reforçadora do sistema imunológico passou recentemente por um ensaio clínico na Europa demonstrando que é tão eficaz quanto o medicamento Tamiflu, mas é mais segura.
Kindscher que acaba de lançar um livro sobre a Equinácea, chamado Echinacea - Herbal Medicine with a Wild History (Equinácea - Medicina Herbal com uma História Selvagem, em tradução livre), ainda não publicado no Brasil.
domingo, 25 de dezembro de 2016
Boa Noite !
❝ Depois de um dia cheio de emoções ... alegrias ... vitórias e aprendizado ... é chegada a hora do descanso merecido ... de uma noite de paz ... abençoada de tranquilidade ... renovando as nossas forças ... a nossa fé ... para um amanhecer de muitas realizações ... ❞
J H
sábado, 24 de dezembro de 2016
sexta-feira, 23 de dezembro de 2016
O Espectro De Luz De Um Átomo De Antimatéria Foi Observado Pela Primeira Vez
Trata-se da primeira observação de um raio espectral num átomo de antihidrogénio, que "permite comparar, pela primeira vez, o espetro de luz da matéria e da antimatéria".
Justificando a importância do resultado, o CERN assinala que qualquer diferença mensurável entre os espectros de luz de um átomo de hidrogénio (matéria) e de um átomo de antihidrogénio (antimatéria) poderá "por uma causa os princípios fundamentais da física" e "ajudar a compreender o enigma do desequilíbrio entre a matéria e a antimatéria do Universo".(continuar a ler)
O Terrorismo É Mais Do Que Um Problema De Segurança: Pode Ser O Começo Da Transformação Da Europa Num Novo Médio Oriente
De cada vez que algo acontece, as autoridades e a imprensa parecem esperar que seja menos do que “terrorismo”: um acidente infeliz, um acto tresloucado. Mas o que se passa já é mais do que terrorismo. Em vez de um problema de segurança, pode ser o começo da transformação da vida política na Europa.
A propósito da imigração descontrolada que permitiram, os governos europeus insistem em imaginar indivíduos e famílias que, uma vez nos novos países, adoptariam a sua língua e costumes: em poucas décadas, os jovens sírios seriam alemães de meia idade. Esta perspectiva é um resquício do etnocentrismo colonial. Os imigrantes não são uma simples matéria-prima humana para compensar o declínio demográfico europeu. Trazem a sua história e os seus valores. A internet e as viagens baratas mantê-los-ão ligados aos meios de origem. Depois de Bush, os ocidentais acreditaram que bastaria retirar do Iraque para fazerem do Médio Oriente um problema longínquo. Mas através dos seus migrantes, o Médio Oriente está agora entre nós.
A composição das populações europeias está a mudar. Dos residentes da Alemanha, França, e Reino Unido, mais de 12% nasceram no estrangeiro e mais de 5% são muçulmanos. Desde 1990, que a população muçulmana na Europa aumenta 1 ponto percentual por década. É neste contexto que o jihadismo na Europa faz sentido. O seu objectivo é estigmatizar estas comunidades migrantes muçulmanas, torná-las suspeitas, de modo a facilitar a sua captura ideológica. Em França (os “territórios perdidos da república”), na Bélgica e na Alemanha, já há bairros inteiros dominados pelo radicalismo islâmico. Se o jihadismo for bem sucedido, haverá reacções de nativismo e de xenofobia, como a que a Frente Nacional protagoniza em França. Teríamos, por fim, a redução da política europeia ao choque de tribos inconciliáveis.(continuar a ler)
Rui Ramos, OBSR
É Natal !
« Que as comemorações do Natal sejam marcadas pelo desejo de um novo viver e de um novo caminhar que nos conduza a um só objectivo: semear o amor e a paz.»
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Notícias Soltas
- Novembro com mais anúncios de contratação pública
- Passos desafiado a convocar Congresso no PSD
- Papa investiga demissão de grão-chanceler
- Redução de títulos de transporte é "fundamental"
- Fitch prevê fraco crescimento para 2017
Risco de ser acionada garantia do empréstimo para pagar a lesados do BES é diminuto
Gosto Do Sol De Inverno
Dos silêncios esquecidos,
Renasce num voo rasante e surge do nada,...
O vento soprou, leve, doce e suave arrepia-me a pele
O vento sereno tocou-me de leve
É como se o sol o trouxesse ...
D
quarta-feira, 21 de dezembro de 2016
Ser Popular É O Que Está A Dar ...
... Não Esperem Pela Demora, Mais Cedo Que Tarde Alguém Terá de Pagar.
O Governo está a tornar-se especialista no anúncio de medidas populares que "alguém" há-de pagar. O aumento do salário mínimo, a solução para os lesados do BES e os preços dos transportes são os últimos exemplos. (continuar a ler)
André Veríssimo, JNegócios
O ciclo vicioso vai continuar. Organizar as contas, seguido de gastar até desorganizar. De novo equilibrar, para de seguida desequilibrar. Este é o ciclo vicioso em que parece permanecermos.
Toda A Discussão É Inútil ...
Habitas num recanto mínimo desta terra.
Os teus olhos chegam até onde alcançam muito pouco.
Ao pouco que ouves acrescentas a tua própria voz.
Mantém o bem e o mal, o branco e o negro, Cuidadosamente separados. Em vão traças uma linha Para estabelecer um limite. Se houver uma melodia escondida no teu interior, Desperta-a quando percorreres o caminho.
Não julgues, Ah, o tempo voa.
Os teus olhos chegam até onde alcançam muito pouco.
Ao pouco que ouves acrescentas a tua própria voz.
Mantém o bem e o mal, o branco e o negro, Cuidadosamente separados. Em vão traças uma linha Para estabelecer um limite. Se houver uma melodia escondida no teu interior, Desperta-a quando percorreres o caminho.
Não julgues, Ah, o tempo voa.
E toda a discussão é inútil.
Rabindranath Tagore
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
O Akhal-Teke, Ou Cavalo Dourado
O Akhal-Teke, ou cavalo dourado, como é conhecido, é uma espécie proveniente de Turquemenistão e tornou-se o símbolo deste país.
Exemplares desta raça têm-se tornado cada vez mais raros e, segundo dados da associação britânica Welfare of Animals during Transport Order (WATO), existiam em 2012 apenas 6600 cavalos desta espécie no mundo e a maioria vivia no Turquemenistão e na Rússia.
Além do seu pelo dourado, o Akhal-Teke é apreciado pela sua grande resistência e velocidade, sendo usado tanto para ajudar humanos como em competições de equitação.
A Propósito Do 'Marselfie':Marcelo Resgata Um Certo Prestígio Da Política, Mas ... De Forma Pessoal E Intransmissível
Portugueses de todos os quadrantes acotovelam-se em busca de uma selfie com o Presidente, a já chamada ‘marselfie’
É um espetáculo único: ricos e pobres, anónimos e famosos, trabalhadores e desempregados, portugueses de todos os quadrantes acotovelam-se em busca de uma selfie com o Presidente, a já chamada ‘marselfie’.
Isso ficou bem visível na reportagem do CM e da CMTV sobre a personalidade do ano eleita pela nossa redacção. Mais do que recuperar o poder simbólico da chefia do Estado, como nesta coluna se previu logo após as eleições, Marcelo resgata um certo prestígio da política, mas de forma pessoal e intransmissível.
Nos próximos tempos, o regime será semi-marcelista e isso é uma novidade política poderosíssima ao fim de 42 anos de democracia.
Carlos Rodrigues, CM
É um espetáculo único: ricos e pobres, anónimos e famosos, trabalhadores e desempregados, portugueses de todos os quadrantes acotovelam-se em busca de uma selfie com o Presidente, a já chamada ‘marselfie’.
Isso ficou bem visível na reportagem do CM e da CMTV sobre a personalidade do ano eleita pela nossa redacção. Mais do que recuperar o poder simbólico da chefia do Estado, como nesta coluna se previu logo após as eleições, Marcelo resgata um certo prestígio da política, mas de forma pessoal e intransmissível.
Nos próximos tempos, o regime será semi-marcelista e isso é uma novidade política poderosíssima ao fim de 42 anos de democracia.
Carlos Rodrigues, CM
Esta É A Frase ...
'Um Annus Horribilis'
Por comodismo, trocámos a verdade crua por uma dor pop e partilhável. Somos “Je suis” num dia e choramos as agruras do mundo agarrados ao CD póstumo do Bowie. Misturamos tudo e choramos a dor que dói menos.
Raul de Almeida, Económico
Ser Livre ...
«Ser livre é desenvolver um senso de justiça incomum, viver por si e mesmo assim não desistir de ver a felicidade estampada do ser comum que infelizmente precisa viver aos modos do sistema. Ser livre é proteger a sua emoção, recomeçar sempre que precisar e não temer o passado de jeito algum. Quem dera todos pudessem ter essa chance e viver em paz, com fé e sabedoria que somente sozinho se adquire, lidando com a solidão e a conquista do que sempre se quis.»
segunda-feira, 19 de dezembro de 2016
Marcelo Da Excepção À Regra ...
Luís Castro Mendes, que inexistia como ministro da Cultura (o próprio ministério inexiste praticamente há 16 anos), esfumou-se definitivamente por entre as brumas teatrais por obra e graça de Marcelo.
Não sei se o chefe de Estado se deu conta, mas aquele instante abriu um precedente político. A partir de agora, os agentes culturais ou outros, individuais ou colectivos, privados ou públicos (e Deus e as finanças sabem como são ávidos de apoios e subsídios, mesmo os mais "independentes") sentem-se autorizados a vergar os concursos que não lhes agradem. Ou, mesmo sem concursos, a recorrer ao PR para tentar obter a sua "excepçãozinha".
Com a ideia generosa de "excepção", Marcelo abriu portas para uma "regra". É melhor Costa ir-se habituando.
João Gonçalves, JN
Não sei se o chefe de Estado se deu conta, mas aquele instante abriu um precedente político. A partir de agora, os agentes culturais ou outros, individuais ou colectivos, privados ou públicos (e Deus e as finanças sabem como são ávidos de apoios e subsídios, mesmo os mais "independentes") sentem-se autorizados a vergar os concursos que não lhes agradem. Ou, mesmo sem concursos, a recorrer ao PR para tentar obter a sua "excepçãozinha".
Com a ideia generosa de "excepção", Marcelo abriu portas para uma "regra". É melhor Costa ir-se habituando.
João Gonçalves, JN
Quando A Verdade Se Manifesta Na Pureza Do Silêncio
domingo, 18 de dezembro de 2016
É Um Sentimento Geral Que A Democracia Está Em Risco
E está em risco porquê? Porque a ditadura atrai o cidadão comum na razão inversa da insegurança. Como sempre acontece nos países pobres, os portugueses põem a segurança acima de qualquer valor. Daí a atracção pelo funcionalismo (inamovível) e a desconfiança do emprego privado (por definição, imprevisível). Mas também, e apesar de tudo, pela ordem tradicional. O indígena, que vive na miséria ou perto dela, precisa de acreditar na estabilidade da família, do emprego, da reforma e da assistência médica; precisa de ver os filhos bem “encaminhados”; e os ladrões na cadeia. Numa palavra, precisa de acreditar na autoridade e hoje basta ligar a televisão para constatar que a autoridade democrática dia a dia se desfaz. O Estado faliu, os banqueiros faliram (ou andam lá perto), o desemprego continua, as criancinhas do 5.º ano de escolaridade vão ser instruídas nas realidades do aborto e da contracepção, o PC e o Bloco proclamam a urgência de tornar Portugal numa espécie de Albânia e o governo vive da mão para a boca. No meio disto, naturalmente, o cidadão treme e, no fundo, começa a pensar que a sua paz de espírito vale um pouco de tirania. Não vale. Mas cada vez mais parece que vale. Salazar não chegou onde chegou, senão por isso. E não lhe custou muito.
Pode continuar a ler o diário de Vasco Pulido Valente,hoje no OBSR
Pode continuar a ler o diário de Vasco Pulido Valente,hoje no OBSR
Leiam
Nem menciono os cidadãos de origem portuguesa hospedados em cadeias venezuelanas por razões políticas. Mas sabem dos três enviados da SIC e do Expresso presos em Cuba sem razão aparente? Provavelmente, não, já que por cá o assunto mereceu atenção idêntica à dedicada ao campeonato paquistanês de críquete. De qualquer modo, o PSD, com a escassa moral que lhe resta após tolerar o lamento parlamentar por Fidel, apresentou um voto de protesto contra o sucedido. O voto mereceu o apoio do CDS, a oposição do PCP e a abstenção de PS e BE. É como defender a "causa" homossexual enquanto se venera a Palestina: os famosos "direitos humanos" terminam logo que começa a afinidade ideológica. Para o que importa, os eleitores radicalmente distraídos ficam então informados de que a maioria dos seus representantes na AR acha muitíssimo bem, ou pelo menos não se importa, que jornalistas sejam detidos à toa. Também convinha que alguém informasse os jornalistas.
Aberto Gonçalves, DN
Enfim é o que temos neste momento e que muitos portugueses aplaudem.
Boa Noite !
sábado, 17 de dezembro de 2016
Treinar O Cérebro É A Melhor Maneira De Ultrapassar Dependências
Uma neurocientista conhecida por suas pesquisas sobre dependência de álcool e de açúcar defende que a capacidade intelectual, e não exatamente a força de vontade, é a chave para viver de forma saudável e evitar o ganho descontrolado de peso.
"O nosso cérebro responde ao stresse de uma maneira primitiva, mas é possível ignorá-lo.
"Há evidência esmagadora de que, para muitas pessoas que tentam perder peso através de dietas, elas rapidamente recuperam o peso. As dietas podem, de facto, tornar-nos mais gordos e mais stressados. Isto acontece porque nós ignoramos o nosso cérebro, que dirige silenciosamente o nosso comportamento como se ainda fossemos seres humanos ancestrais vivendo em condições pré-históricas.
"O mesmo se aplica aos comportamentos viciantes. Quando nós estamos stressados, o nosso cérebro procura prazer, e este é o problema," defende a professora Selena Bartlett, da Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália).
A teoria é controversa, por deixar de lado qualquer referência à mente ou aos aspectos emocionais. Como é comum no campo das neurociências, a teoria de Bartlett é que a resposta para tudo está no "cérebro" - é como se cada pessoa tivesse uma entidade separada que a controlasse, uma entidade chamada cérebro, que quase parece ter uma consciência autónoma.
Nessa linha, Bartlett defende que "o cérebro desenvolveu-se em complexidade conforme os seres humanos evoluíam", e isso teria ocorrido em três secções distintas - sobrevivência, emocional e racional.
"A secção sobrevivência do cérebro controla os batimentos cardíacos, a respiração e mantém-nos vivos. A secção emocional, em particular a amígdala, protege-nos do perigo instigando uma resposta de 'lutar ou fugir', enquanto a secção racional dirige as nossas funções como controle dos impulsos, planeamento e tomada de decisão.
"No actual mundo stressante de trabalho, finanças, relacionamentos, cuidar dos filhos e de outras responsabilidades, o corpo libera hormonas do stresse, como o cortisol. Ao longo do tempo, as hormonas do stresse reduzem significativamente o número de sinapses no cérebro. Isto, por sua vez, impacta o nosso cérebro racional e pode reduzir o controle dos impulsos.
Como lidar com seu cérebro
A professora Bartlett prossegue afirmando que suas pesquisas mais recentes mostram que o açúcar aumenta um neuroquímico que se liga aos receptores nicotínicos no cérebro da mesma forma que o álcool e a nicotina. Esta também é uma ideia controversa, com outros investigadores reconhecem que comer vicia,mas açucar e gordura não são drogas. Para a professora Bartlett, contudo, o consumo regular de açúcar, álcool e nicotina alteram o cérebro, levando à necessidade de consumir cada vez mais para sentir o mesmo nível de prazer.
"Assim como o álcool e a nicotina, uma diminuição súbita no consumo de açúcar vai levar a sintomas de abstinência e vícios. Para superar isso precisamos neutralizar o cérebro primitivo. Quando o cérebro racional está no comando, a perda de peso sustentável é possível," afirma ela.
E a neurocientista lista algumas técnicas para que as pessoas possam encarar seus próprios cérebros e "desafiar suas programações ancestrais":
"O nosso cérebro responde ao stresse de uma maneira primitiva, mas é possível ignorá-lo.
"Há evidência esmagadora de que, para muitas pessoas que tentam perder peso através de dietas, elas rapidamente recuperam o peso. As dietas podem, de facto, tornar-nos mais gordos e mais stressados. Isto acontece porque nós ignoramos o nosso cérebro, que dirige silenciosamente o nosso comportamento como se ainda fossemos seres humanos ancestrais vivendo em condições pré-históricas.
"O mesmo se aplica aos comportamentos viciantes. Quando nós estamos stressados, o nosso cérebro procura prazer, e este é o problema," defende a professora Selena Bartlett, da Universidade de Tecnologia de Queensland (Austrália).
A teoria é controversa, por deixar de lado qualquer referência à mente ou aos aspectos emocionais. Como é comum no campo das neurociências, a teoria de Bartlett é que a resposta para tudo está no "cérebro" - é como se cada pessoa tivesse uma entidade separada que a controlasse, uma entidade chamada cérebro, que quase parece ter uma consciência autónoma.
Nessa linha, Bartlett defende que "o cérebro desenvolveu-se em complexidade conforme os seres humanos evoluíam", e isso teria ocorrido em três secções distintas - sobrevivência, emocional e racional.
"A secção sobrevivência do cérebro controla os batimentos cardíacos, a respiração e mantém-nos vivos. A secção emocional, em particular a amígdala, protege-nos do perigo instigando uma resposta de 'lutar ou fugir', enquanto a secção racional dirige as nossas funções como controle dos impulsos, planeamento e tomada de decisão.
"No actual mundo stressante de trabalho, finanças, relacionamentos, cuidar dos filhos e de outras responsabilidades, o corpo libera hormonas do stresse, como o cortisol. Ao longo do tempo, as hormonas do stresse reduzem significativamente o número de sinapses no cérebro. Isto, por sua vez, impacta o nosso cérebro racional e pode reduzir o controle dos impulsos.
"Seja compreensivo com seu cérebro - ele é um órgão ancestral maravilhoso".
A professora Bartlett prossegue afirmando que suas pesquisas mais recentes mostram que o açúcar aumenta um neuroquímico que se liga aos receptores nicotínicos no cérebro da mesma forma que o álcool e a nicotina. Esta também é uma ideia controversa, com outros investigadores reconhecem que comer vicia,mas açucar e gordura não são drogas. Para a professora Bartlett, contudo, o consumo regular de açúcar, álcool e nicotina alteram o cérebro, levando à necessidade de consumir cada vez mais para sentir o mesmo nível de prazer.
"Assim como o álcool e a nicotina, uma diminuição súbita no consumo de açúcar vai levar a sintomas de abstinência e vícios. Para superar isso precisamos neutralizar o cérebro primitivo. Quando o cérebro racional está no comando, a perda de peso sustentável é possível," afirma ela.
E a neurocientista lista algumas técnicas para que as pessoas possam encarar seus próprios cérebros e "desafiar suas programações ancestrais":
- 1."Seja compreensivo com seu cérebro - ele é um órgão ancestral maravilhoso, que pode ser gravemente danificado pelo stresse, especialmente na infância, enquanto ele está se desenvolvendo".
- 2."Conheça o seu cérebro - uma consciência de como a primitiva amígdala dirige o seu comportamento é fundamental para substituir os impulsos não saudáveis."
- 3."Identifique quando sua amígdala está tomando conta ou quando você está tendo um momento de busca inconsciente de prazer - em situações stressantes, reconhecer quando você é de repente tomado pelo desejo de comer alimentos por conforto, fumar ou beber álcool."
- 4."Substitua alimentos e álcool por um movimento - respiração profunda, alongamento, caminhada, corrida... qualquer movimento com que você se sinta bem."
- 5."Reduza o consumo de açúcar e álcool e aumente os exercícios cardiovasculares e de alta intensidade - eles irão ajudar a curar o seu cérebro dos danos induzidos pelo stresse e construir um corpo forte e saudável."
Ranking Das Escolas Públicas De Setúbal 2016
Secundário
Quer conhecer a posição das escolas do seu concelho ou do seu distrito, veja aqui
106 | Escola Secundária Bocage | Setúbal | 11,47 | 14,10 |
461 | Escola Secundária Sebastião da Gama | Setúbal | 9,53 | 13,43 |
483 | Escola Básica e Secundária Lima de Freitas | Setúbal | 9,38 | 13,11 |
515 | Escola Secundária D. João II | Setúbal | 8,89 | 12,68 |
516 | Escola Secundária D. Manuel Martins | Setúbal | 8,88 | 12,25 |
9ªAno
Escola | Concelho | Média % | Média | Interna | |
---|---|---|---|---|---|
85 | Escola Secundária du Bocage | Setúbal | 66,20% | 3,44 | 3,35 |
403 | Escola Básica Luísa Todi | Setúbal | 53,52% | 2,89 | 3,15 |
418 | Escola Básica de Azeitão | Setúbal | 53,19% | 2,84 | 3,30 |
458 | Escola Secundária Sebastião da Gama | Setúbal | 52,53% | 2,82 | 3,13 |
752 | Escola Básica e Secundária Lima de Freitas | Setúbal | 47,66% | 2,59 | 3,13 |
933 | Escola Básica de Aranguez, Setúbal | Setúbal | 44,12% | 2,46 | 2,85 |
984 | Escola Básica Barbosa de Bocage | Setúbal | 43,02% | 2,36 | 2,98 |
1046 | Escola Secundária D. João II | Setúbal | 39,79% | 2,27 | 2,86 |
1069 | Escola Básica e Secundária Ordem de Santiago | Setúbal | 38,22% | 2,21 | 2,83 |
1092 | Escola Secundária D. Manuel Martins | Setúbal | 34,34% | 2,07 | 2,63 |
Quer conhecer a posição das escolas do seu concelho ou do seu distrito, veja aqui
Esta É A Frase ...
Que estas suspeitas de corrupção em negócios do Estado com privados sejam com compra e venda de sangue, que chegaram a implicar que sangue de dadores fosse pela pia abaixo, torna o caso especialmente repugnante. Não é um pormenor. Se o capital não tem pátria e o dinheiro não tem cor, a corrupção não tem dor.
Sobre O Futuro ...
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Sondagem Eurovisão Para Expresso E SIC Hoje Divulgada
Nesta sondagem, os socialistas sobem 1% em relação ao estudo feito pela Eurosondagem no mês anterior. O PS tem agora 38% e o PSD 30%, menos 0,4 pontos do que na última sondagem.
Quer saber mais? - ora veja aqui.
Quer saber mais? - ora veja aqui.
Dobram Os Sinos Pela Lidrança De Passos Coelho E ...
... E as viúvas do partido já encontraram nome para uma oposição eficaz: Rui Rio. Esta semana, aliás, o próprio resolveu aparecer com uma hipótese ‘polémica’: um imposto consignado para o pagamento da dívida.
Efeito duplo: baixavam-se os outros impostos (IRS, IVA, IRC) e o português sentia no bolso os desmandos dos seus líderes. O PSD não gostou. E o próprio Rio, em entrevista, afirma que não foi ‘compreendido’. Com a devida vénia, eu acho que toda a gente compreendeu. O problema, porém, é outro: não se faz oposição ao governo pronunciando a palavra ‘impostos’. Um principiante sabe disso. E qualquer esclarecimento adicional sobre a matéria já vem tarde e não altera uma primeira má impressão.
O PSD, antes de procurar um líder, devia procurar os serviços de comunicação que trabalham para o Rato. Só para aprender qualquer coisinha.
João Pereira Coutinho, CM
Efeito duplo: baixavam-se os outros impostos (IRS, IVA, IRC) e o português sentia no bolso os desmandos dos seus líderes. O PSD não gostou. E o próprio Rio, em entrevista, afirma que não foi ‘compreendido’. Com a devida vénia, eu acho que toda a gente compreendeu. O problema, porém, é outro: não se faz oposição ao governo pronunciando a palavra ‘impostos’. Um principiante sabe disso. E qualquer esclarecimento adicional sobre a matéria já vem tarde e não altera uma primeira má impressão.
O PSD, antes de procurar um líder, devia procurar os serviços de comunicação que trabalham para o Rato. Só para aprender qualquer coisinha.
João Pereira Coutinho, CM
As Pessoas De Carácter Fazem A Coisa Certa ...
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
E, Aí Estamos, De Novo, À Mercê Da Grande Tormenta
A Reserva Federal americana aumentou os juros, e pôs fim ao tempo em que o dinheiro barato combateu a crise. As políticas de Trump vão acelerar mais a economia, e por isso o próximo risco é a inflação. Más notícias para Portugal.
Quais cigarras no verão, descurámos abater as dívidas quando era mais fácil pagá-las. E assim, aí estamos, de novo, à mercê da grande tormenta.
Cedo ou tarde, a decisão tomada em Washington vai chegar aos bolsos dos portugueses que pagam empréstimos, e que os hão de pagar novamente mais caros, e à carteira dos contribuintes, nós todos, que financiamos um Estado falido e esbanjador com impostos que não vão parar de crescer.
Carlos Rodrigues,CM
Quais cigarras no verão, descurámos abater as dívidas quando era mais fácil pagá-las. E assim, aí estamos, de novo, à mercê da grande tormenta.
Cedo ou tarde, a decisão tomada em Washington vai chegar aos bolsos dos portugueses que pagam empréstimos, e que os hão de pagar novamente mais caros, e à carteira dos contribuintes, nós todos, que financiamos um Estado falido e esbanjador com impostos que não vão parar de crescer.
Carlos Rodrigues,CM
Os Sucessivos Governos Prometem Há Quatro Orçamentos Que A Dívida Descerá No Ano Seguinte, Mas A Ameaça Persiste. Porquê?
A razão da insistência é que o endividamento do Estado não só é altíssimo e continua a crescer como está mesmo a acelerar. Desde que o governo tomou posse, em 26 de Novembro de 2015, a dívida já aumentou 14 mil milhões de euros, mais do que tudo o que o Estado teve de pagar à banca de 2008 a 2014. E isto refere-se apenas ao Estado, omitindo municípios, Segurança Social, etc.
Algumas comparações simples revelam a situação.
Desde que o engenheiro Sócrates chegou ao poder, em Março de 2005, até o Lehman Brothers falir em Setembro de 2008, deflagrando a crise internacional, a nossa dívida directa do Estado aumentou em média 18 milhões de euros por dia, todos os dias, incluindo domingos e feriados.
Da falência do Lehman Brothers à chegada da troika, em Abril de 2011, acelerou para 40 milhões por dia.
Durante o período da troika, de Maio de 2011 a Junho de 2014, no auge da crise, subiu para 50 milhões por dia.
A seguir, e até à chegada de António Costa, a dívida regressou ao ritmo de inicial, crescendo 19 milhões por dia.
Desde que Costa tomou o poder até ao fim de Setembro, acelerou para 51 milhões por dia; em Outubro houve uma descida e essa média diária caiu, mas ainda para 42 milhões por dia, a segunda taxa mais elevada dos últimos dez anos.(continuar a ler)
Procurar O Sonho É Procurar A Verdade
A única realidade para mim são as minhas sensações. Eu sou uma sensação minha. Portanto nem da minha própria existência estou certo. Posso está-lo apenas daquelas sensações a que eu chamo minhas. A verdade? É uma coisa exterior? Não posso ter a certeza dela, porque não é uma sensação minha, e eu só destas tenho a certeza. Uma sensação minha? De quê?
Procurar o sonho é pois procurar a verdade, visto que a única verdade para mim, sou eu próprio. Isolar-se tanto quanto possível dos outros é respeitar a verdade.
Fernando Pessoa
Procurar o sonho é pois procurar a verdade, visto que a única verdade para mim, sou eu próprio. Isolar-se tanto quanto possível dos outros é respeitar a verdade.
Fernando Pessoa
quarta-feira, 14 de dezembro de 2016
A História Mal Contada Da CGD Que Conduziu Ao Descalabro Actual
Salvo porventura a história da formação da «frente popular» que começou a ser preparada algumas semanas antes das eleições de 2015, a fim de tomar conta do governo caso a coligação PSD+CDS não tivesse a maioria absoluta, a história mais mal contada do regime democrático português é a da Caixa Geral de Depósitos. Se fossemos a ver, essa história começou mal e, habitualmente, o que torto nasce tarde ou nunca se endireita. A verdade é que a história começa com a privatização da banca no 11 de Março de ’75.(saiba tudo aqui)
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Se Abdicarmos Das Ideologias, Das Diferenças, Do Debate, Reduzir-nos-emos A Fantoches De Qualquer Vendedor De Banha De Cobra
... Associando populismo a demagogia, conquistará o poder… Um dia lamentaremos o facto mas, como a História ensina, será demasiado tarde, e o preço a pagar incomportável.
A propósito, leia alguns 'excertos' sobre a opinião de Mário Cordeiro, Ji.:
A rapidez avassaladora da evolução histórica, a catadupa de factos que nos invadem o dia-a-dia (graças à comunicação social que “está lá” quase antes mesmo de as coisas se passarem) – ainda não meditámos sobre determinada coisa e já outra se sobrepôs, mesmo que de interesse e relevância duvidosa – fazem com que o mundo esteja em permanente mudança e, se é verdade que sempre esteve, esta mudança escapa totalmente ao controlo e até à compreensão do cidadão normal, já que é uma mudança imprevisível e que se processa a uma velocidade e numa dimensão que foge à escala humana. A programação deixou de ser possível e, como tal, o impacte que as acções de cada um tem na gesta colectiva parece ser cada vez menor, aumentando a sensação de impotência, de fragilidade e de perplexidade – o desinteresse crescente pela intervenção (nem que seja apenas pelo voto) –, e a adesão acéfala às propostas populistas, redentoras, demagógicas e salvadoras são sintomas paradigmáticos e assustadores.
Ainda não é tarde. Nós, adultos, temos a obrigação de desfazer o equívoco, de desmistificar a questão. Os nossos filhos têm de saber que não se vive sem ideologias, que não se sobrevive sem força motriz, mesmo que com uma necessária e saudável discórdia e reconhecimento dos conflitos de interesses. Temos de afirmar que a morte das ideologias seria a morte da humanidade, da criatividade, dos valores estéticos e éticos… para que possamos ainda acreditar no futuro – mesmo que ingenuamente – que uma simples pedra pode vir a transformar-se numa catedral gótica, uma folha de papel num livro de Nuno Júdice, ou um dia bonito num momento simples de prazer e de tranquilidade.
Ler o artigo completo: Não à "morte das ideologias"!
A propósito, leia alguns 'excertos' sobre a opinião de Mário Cordeiro, Ji.:
A rapidez avassaladora da evolução histórica, a catadupa de factos que nos invadem o dia-a-dia (graças à comunicação social que “está lá” quase antes mesmo de as coisas se passarem) – ainda não meditámos sobre determinada coisa e já outra se sobrepôs, mesmo que de interesse e relevância duvidosa – fazem com que o mundo esteja em permanente mudança e, se é verdade que sempre esteve, esta mudança escapa totalmente ao controlo e até à compreensão do cidadão normal, já que é uma mudança imprevisível e que se processa a uma velocidade e numa dimensão que foge à escala humana. A programação deixou de ser possível e, como tal, o impacte que as acções de cada um tem na gesta colectiva parece ser cada vez menor, aumentando a sensação de impotência, de fragilidade e de perplexidade – o desinteresse crescente pela intervenção (nem que seja apenas pelo voto) –, e a adesão acéfala às propostas populistas, redentoras, demagógicas e salvadoras são sintomas paradigmáticos e assustadores.
Ainda não é tarde. Nós, adultos, temos a obrigação de desfazer o equívoco, de desmistificar a questão. Os nossos filhos têm de saber que não se vive sem ideologias, que não se sobrevive sem força motriz, mesmo que com uma necessária e saudável discórdia e reconhecimento dos conflitos de interesses. Temos de afirmar que a morte das ideologias seria a morte da humanidade, da criatividade, dos valores estéticos e éticos… para que possamos ainda acreditar no futuro – mesmo que ingenuamente – que uma simples pedra pode vir a transformar-se numa catedral gótica, uma folha de papel num livro de Nuno Júdice, ou um dia bonito num momento simples de prazer e de tranquilidade.
Ler o artigo completo: Não à "morte das ideologias"!
Parece Um Absurdo, E No Entanto ...
"Parece um absurdo, e no entanto é a exacta verdade, que, se toda a realidade for vazia, não haverá mais nada de real nem de substancial no mundo além das ilusões."
Giacomo Leopardi
segunda-feira, 12 de dezembro de 2016
Aplicação De Correntes Elécticas Como Forma De Combate Às Infecções Bacterianas
Mais um passo importante foi dado rumo à adopção da electroterapia - a aplicação de correntes eléctricas no corpo humano - como forma de combate às infecções bacterianas.
Além de curar os ferimentos e evitar as inflações, agora se demonstrou que uma corrente eléctrica de baixa intensidade é capaz de vencer também as infecções bacterianas resistentes aos antibióticos.
"Eu não acreditei. Matar a maioria das células [bacterianas] persistentes foi inesperado. Então repetimos muitas, muitas vezes," contou o professor Haluk Beyenal, da Universidade Estadual de Washington (EUA).
Ele conta que, apenas nos EUA, pelo menos dois milhões de infecções e 23.000 mortes são causadas anualmente por bactérias resistentes aos antibióticos.
Para aplicar a terapia, a equipe desenvolveu uma espécie de curativo electrónico, feito de tecido de carbono condutor, que funcionou como suporte tanto para aplicação da corrente eléctrica, quanto do medicamento.
As bactérias que se aglomeram em camadas, chamadas biofilme, são mais difíceis de matar porque os antibióticos penetram apenas parcialmente nessa camada protectora. Partes dessas colónias persistentes sobrevivem ao tratamento, desenvolvendo genes que as tornam resistentes ao antibiótico. Com isto, elas podem crescer e se multiplicar, resultando em infecções crónicas.
As bactérias, contudo, são incapazes de desenvolver resistência ao novo tratamento eletroquímico.
Os resultados promissores foram divulgados na revista Nature Biofilms and Microbiomes.
Além de curar os ferimentos e evitar as inflações, agora se demonstrou que uma corrente eléctrica de baixa intensidade é capaz de vencer também as infecções bacterianas resistentes aos antibióticos.
"Eu não acreditei. Matar a maioria das células [bacterianas] persistentes foi inesperado. Então repetimos muitas, muitas vezes," contou o professor Haluk Beyenal, da Universidade Estadual de Washington (EUA).
Ele conta que, apenas nos EUA, pelo menos dois milhões de infecções e 23.000 mortes são causadas anualmente por bactérias resistentes aos antibióticos.
Para aplicar a terapia, a equipe desenvolveu uma espécie de curativo electrónico, feito de tecido de carbono condutor, que funcionou como suporte tanto para aplicação da corrente eléctrica, quanto do medicamento.
As bactérias que se aglomeram em camadas, chamadas biofilme, são mais difíceis de matar porque os antibióticos penetram apenas parcialmente nessa camada protectora. Partes dessas colónias persistentes sobrevivem ao tratamento, desenvolvendo genes que as tornam resistentes ao antibiótico. Com isto, elas podem crescer e se multiplicar, resultando em infecções crónicas.
As bactérias, contudo, são incapazes de desenvolver resistência ao novo tratamento eletroquímico.
Os resultados promissores foram divulgados na revista Nature Biofilms and Microbiomes.
Esta É A Frase
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