A ordem mundial que agora termina era caracterizada pelo princípio do cumprimento de regras, concretizadas em convenções, tratados e organizações multilaterais, modelo esse construído no pós-2.ª Guerra Mundial e consolidado com a queda do muro de Berlim em 1989. (...)
Esta ordem mundial das regras, tratados, verdade, desenvolvimento global e legitimidade foi enfraquecendo nos últimos 15 anos em virtude de um conjunto de fatores interligados e complexos. (...)
A nova ordem mundial que se está a consolidar tem uma natureza diferente. É caracterizada pela lei do mais forte em que os protagonistas principais são os Estados-nação e os seus governantes.As regras não importam, importa a força e o poder. A verdade dos factos não importa, importam os objetivos vitais de cada nação e a lógica do reforço do poder interno dos seus governantes. É uma ordem pautada a nível global pela competição latente entre duas potências globais (EUA e China) que tentam reforçar ou consolidar posições dominantes. Neste contexto global, outras Nações e blocos regionais tentarão encontrar uma posição forte, que seja dominante a nível regional e lhes dê mais autonomia estratégica. As alianças serão circunstanciais e úteis enquanto servem o interesse dos Estados mais fortes. Entrámos na época do "hard power". (...) (ler aqui texto na íntegra)
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