quinta-feira, 9 de janeiro de 2025

A Frase (9)

A política salarial e de promoções no Banco de Portugal é uma espécie de mundo secreto, que só conhece quem lá passa, opaco e sem escrutinio. Para alguma serviu o caso do secretário-geral do Governo.  (António Costa, ECO)

A nomeação de Hélder Rosalino para secretário-geral do Governo com o salário de origem do Banco de Portugal, na ordem dos 15 mil euros brutos por mês, teve a virtude de pôr o país a discutir a política salarial do banco central, o nível salarial de uma entidade supervisora e o que se vai sabendo, ainda a custo, mostra a opacidade como tudo foi feito, e é feito, ao longo dos anos, sempre sob a falácia da pertença ao sistema europeu de bancos centrais. Os salários são definidos em Lisboa, foram-no há anos, e sabemos até que a comissão de remunerações não reúne há uma década.

Mário Centeno vai ter de ir ao Parlamento nos próximos dias para falar sobre os salários no Banco de Portugal. E num movimento de antecipação, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, iniciou o processo para uma reunião da Comissão de Remunerações do Banco, de que é presidente por inerência, mas está à espera que Centeno indique um ex-governador para o dito comité. (ler texto íntegral)

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