Em 2015, António Costa e o Partido Socialista abriram aquilo a que podemos chamar de “a caixa de Pandora da política portuguesa”. Contra factos não há argumentos: ela foi, de facto, aberta! Este acto transformou completamente o contexto, a lógica e a estrutura parlamentar que conhecíamos. Desde o primeiro momento, alguns de nós perceberam que isso teria um preço elevado e os resultados que colhemos hoje, dez anos depois, são claros e evidentes. (Sara Ramos, OBSR)
Uma verdade incontornável é que nenhum eleitor, estou convicta disso, que votou nas eleições legislativas naquele ano imaginava o desfecho que se concretizou. Depositámos o nosso voto confiando na racionalidade dos anos anteriores de democracia, acreditávamos estar a contribuir para o progresso do país.
Uma verdade incontornável é que nenhum eleitor, estou convicta disso, que votou nas eleições legislativas naquele ano imaginava o desfecho que se concretizou. Depositámos o nosso voto confiando na racionalidade dos anos anteriores de democracia, acreditávamos estar a contribuir para o progresso do país.
Contudo, o inesperado aconteceu: quem venceu as eleições não governou. António Costa, que destituiu António José Seguro da liderança do PS por ganhar “por poucachinho” (segundo as suas próprias palavras) nas eleições europeias, perdeu nas legislativas e usurpou o poder – não há forma mais simpática de colocar a questão. Pior ainda, o país aceitou, em 2015, corroborou, em 2019, e validou em 2022 essa decisão, reforçando um precedente que nos deixou em estado de choque. Essa experiência ensinou-nos, enquanto eleitores, a olhar com maior cautela para onde depositamos o nosso voto. (...)
Durante a governação de António Costa, o PS teve várias “paixões”. Primeiro, foi a saúde! Prometia-se que até ao final de determinado ano – já nem me recordo qual – todos os portugueses teriam médico de família. Salvar o Serviço Nacional de Saúde tornou-se o objectivo principal. Montenegro repetiu a mesma promessa, mas deveria ter aprendido com os erros alheios. A verdade é que, em 2025, eu ainda não tenho médico de família. Nem eu, nem mais 1.500.000 de portugueses. (...)
Na legislatura seguinte, veio a paixão pela educação. A salvação do sistema educativo era prioridade, mas os resultados do PISA mostraram-nos o quão distante estávamos desse objectivo. Depois, o foco mudou para a habitação. A certa altura, passámos a temer qual seria a próxima paixoneta governamental, porque, ao contrário de Midas, onde o PS tocava o resultado era latão, não ouro.(...)
Há muito a dizer sobre esses anos de governação, ou melhor, estagnação – mas até para a morte há desculpa, e todos nós já conhecemos o discurso. O grande dilema agora reside em saber onde confiar o nosso próximo voto. As regras mudaram, e o voto, que antes contribuía para eleger quem governava, pode já não garantir esse direito, apesar de ser legítimo.
Obrigada, António Costa, pela subversão do sistema!
A sua demissão de uma maioria absoluta não foi motivada por um parágrafo da Procuradoria-Geral da República. Não! O então primeiro-ministro tinha os seus próprios planos delineados, e aquela maioria absoluta colidia com as suas ambições pessoais. Basta recordar a expressão de enfado com que surgiu na noite das eleições de 2022, após alcançar a maioria absoluta. Se revirem as imagens no YouTube, certamente concordarão comigo. Era do conhecimento geral a sua aspiração ao Conselho Europeu, e, surpreendentemente, ele conseguiu concretizá-la.
Durante a governação de António Costa, o PS teve várias “paixões”. Primeiro, foi a saúde! Prometia-se que até ao final de determinado ano – já nem me recordo qual – todos os portugueses teriam médico de família. Salvar o Serviço Nacional de Saúde tornou-se o objectivo principal. Montenegro repetiu a mesma promessa, mas deveria ter aprendido com os erros alheios. A verdade é que, em 2025, eu ainda não tenho médico de família. Nem eu, nem mais 1.500.000 de portugueses. (...)
Na legislatura seguinte, veio a paixão pela educação. A salvação do sistema educativo era prioridade, mas os resultados do PISA mostraram-nos o quão distante estávamos desse objectivo. Depois, o foco mudou para a habitação. A certa altura, passámos a temer qual seria a próxima paixoneta governamental, porque, ao contrário de Midas, onde o PS tocava o resultado era latão, não ouro.(...)
Há muito a dizer sobre esses anos de governação, ou melhor, estagnação – mas até para a morte há desculpa, e todos nós já conhecemos o discurso. O grande dilema agora reside em saber onde confiar o nosso próximo voto. As regras mudaram, e o voto, que antes contribuía para eleger quem governava, pode já não garantir esse direito, apesar de ser legítimo.
Obrigada, António Costa, pela subversão do sistema!
A sua demissão de uma maioria absoluta não foi motivada por um parágrafo da Procuradoria-Geral da República. Não! O então primeiro-ministro tinha os seus próprios planos delineados, e aquela maioria absoluta colidia com as suas ambições pessoais. Basta recordar a expressão de enfado com que surgiu na noite das eleições de 2022, após alcançar a maioria absoluta. Se revirem as imagens no YouTube, certamente concordarão comigo. Era do conhecimento geral a sua aspiração ao Conselho Europeu, e, surpreendentemente, ele conseguiu concretizá-la.
- Agora, olhemos para o dia depois de amanhã. Não devemos esquecer o passado.
- Esta é a nossa oportunidade de construir algo verdadeiramente produtivo para o país.
- É a nossa hora, a hora “dos outros”. Votemos em consciência, acreditando no melhor para o país, seja no programa mais sólido, na ideologia que defendemos ou nas soluções que julgamos apropriadas.
- Mas votemos com responsabilidade, não em protesto!
- É o nosso primeiro poder!
- Não deixemos que a apatia ou o descontentamento ditem o futuro.
- Cabe-nos a nós, enquanto cidadãos, contribuir para um país mais eficiente, produtivo e alinhado com os interesses nacionais e internacionais. Parece uma utopia, mas não é. Depende apenas de nós.
Nota: assim acontrceu - não diria melhor.
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