Com as sondagens há muito a apontá-lo como o preferido dos portugueses para o lugar, rapidamente se seguiu o coro de indignações. Os civis dizem: como é que é possível, outra vez um militar em Belém? Os do Exército dizem: como é que é possível, um tipo da Marinha? Os dos partidos dizem: como é possível, um tipo que ninguém sabe se é de esquerda ou direita? As celebridades dizem: como é que é possível, um tipo que ninguém sabe quem é? Havendo tempo, passa-se a teses mais profundas, sobre como a nossa sociedade civil falhou e se entrega de novo nas mãos dos militares, ou de um putativo fétiche nacional com fardas e homens fortes.(...)
Enquanto esta parte da nação se entretém a discutir as presidenciais, parece ignorar, inconsciente ou deliberadamente, que essas não são sequer as próximas eleições.Às pessoas preocupa mais a recolha do lixo, o buraco na estrada, o lar do pai, a escola do filho em greve, a segurança nas ruas, a violência, do que o que vão fazer em Janeiro de 2026. (...)
Sem comentários:
Enviar um comentário