Os Estados Unidos deixarão de ser um aliado de confiança e a Europa terá de sobreviver nesta nova ordem mundial multilateral, em que vários países com dimensão geográfica ou peso económico e militar suficiente se confrontarão directamente, com alianças tácticas momentâneas, procurando um papel de supremacia regional – já que a nível global nenhum deles o conseguirá, porque todos os outros serão seus opositores. (...)
A Europa terá de “crescer” para ser um desses grandes actores. O que significa avançar para a construção de um modelo em que as responsabilidades de política externa e defesa sejam transferidas para um sistema comum e centralizado. O que a obrigará a ultrapassar o modelo da Europa das Nações, que terá de ser substituído por um modelo federal. Difícil, sim, mas inevitável.Ou, dentro de menos de 50 anos, os jovens europeus estarão nas escolas a ler Tolstoi, Dostoievski e Pushkin no original.
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