Vivemos tempos onde a educação para a cidadania se tornou um campo de batalha político e ideológico. Em vez de se focar na construção de uma sociedade mais esclarecida e coesa, o debate em torno do que deve constituir a formação cidadã tem sido capturado por opiniões polarizadas, egos inflados e visões centradas nos interesses de cada grupo. Cada facção reivindica a sua verdade, raramente com a humildade de compreender o todo ou de olhar para o futuro. É uma discussão mais focada no “umbigo” do que nas necessidades coletivas das próximas gerações. (...)
Thomas Jefferson defendia a realização de uma Convenção Constitucional uma vez em cada geração. Para os defensores da América eterna, esta hipótese, embora democrática, é vista precisamente como uma certa morte do sonho americano. A América está hoje confrontada com a fúria de toda uma classe que se viu e que se vê privada de uma vida decente. Não são necessários poderes proféticos para afirmar que a apatia não será eterna. A alternativa será certamente a gestão do declínio ou uma certa anarquia. Terá a América a coragem de repensar o Governo e o seu lugar no mundo? Este seria sim o fim de uma época e o início de uma nova era. (...)
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