Ora, se nem nas campanhas de álcool a moderação é uma bandeira fácil de vender, na política ainda menos. Um comentador que elogie políticas desta direta moderada tem de estar disposto a ser acusado de ser de direita – um carimbo que quem anda na televisão ninguém quer exibir na testa. Sérgio Sousa Pinto, um soarista dos sete costados que ainda resiste na defesa do velho PS, é hoje um ícone da direita. Nada podia ser tão estapafúrdio quanto isto. O que Sérgio Sousa Pinto faz na televisão é ser intelectualmente honesto, de resto é de esquerda com muito orgulho. Continuamos, em 2024, a ter de parecer de esquerda para podermos ser considerados moderados. O outro problema é que sound-bytes com as palavras equilíbrio, regular, empreendedorismo não vendem nem servem para cartazes. (Inês Teotóneo Pereira, SOL)
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