Desde então, não só esse diagnóstico se confirmou como a crise do PS se agravou de forma substancial, muito por acção da actual liderança socialista. Parte do problema reside na forma como Pedro Nuno Santos tem radicalizado e encostado cada vez mais o PS à esquerda, erodindo o tradicional
A situação do PS depois de mais de um ano de liderança de Pedro Nuno Santos tornou-se ainda mais débil e acumulam-se os sinais preocupantes para o partido.
Basta pensar, (...) nas trapalhadas do próprio Pedro Nuno Santos relativamente à TAP quando foi ministro ou nos múltiplos casos que envolvem o ex-primeiro-ministro socialista José Sócrates
Mas talvez mais preocupante ainda para o PS seja o facto de, ao contrário do que costuma acontecer em períodos eleitorais, desta vez o PS não estar a conseguir sequer simular um estado de união interna.
A guerra civil no interior do partido está de tal forma intensa que os sinais de conflitualidade vão-se multiplicando.: desde a indisponibilidade de Fernando Medina até à saída (com estrondo) das listas por parte de Sérgio Sousa Pinto, sem esquecer as referências públicas à exclusão de Álvaro Beleza. Curiosamente, Pedro Nuno Santos não foi sequer capaz de manter na sua órbita da figuras de Esquerda.
No meio do desastre em curso no PS, é possível que o Livre, de Rui Tavares, consiga captar algum eleitorado socialista descontente (ao mesmo tempo que beneficia da notória decrepitude do BE) mas tal deverá ser insuficiente para permitir a maioria de esquerda que Pedro Nuno Santos tanto ambiciona. Esse é aliás o drama do actual líder socialista: Pedro Nuno Santos ambiciona por convicção ideológica integrar o partido que lidera numa ampla frente conjunta com a esquerda radical e com a extrema-esquerda mas arrisca-se a destruir o PS pelo caminho. Importa recordar que são já vários os países europeus nos quais os partidos tradicionais equivalentes ao PS desapareceram ou se tornaram irrelevantes. Caso a liderança do PS prossiga no mesmo rumo, Portugal pode muito bem ser o próximo.
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