Não acordámos um dia com falta de habitação, de professores ou de médicos. Quem estava de serviço, nestes casos o anterior governo, falhou, e vamos levar anos a resolver, por muito que se esperneie. (Ricardo Gomes Ferreira, J Económico)
É inadmissível que se tenha deixado degradar a saúde até as urgências colapsarem e de se normalizar uma escala de acesso a cuidados, como se estivéssemos a tratar de farmácias de serviço. Ou que tivéssemos passado do excesso de professores, porque havia falta de alunos, para a míngua de quem dê aulas. Ou, ainda, que nos víssemos mergulhados numa imensa crise habitacional, sem termos percebido exatamente qual foi a invasão que nos vitimou.
Nada disto acontece de um dia para o outro, foram movimentos que se formaram e consolidaram até degenerarem em crise. Não acordámos um dia com falta de habitação, de professores ou de médicos. Quem estava de serviço, nestes casos o anterior governo, falhou, e vamos levar anos a resolver, por muito que se esperneie, porque é como alterar o curso de um rio.
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