
É por isso que o erro não pode ser negligenciável nem perdoável, como se alguns pudessem ser agraciados com uma amnistia vitalícia ou um salvo conduto para poderem errar ad eternum.
É por isso que o erro não pode ter a geometria variável que faz com quem berrava com os governos no passado agora se conforme num ensurdecedor silêncio, porque são parte da solução de poder, e quem errava no passado agora seja pródigo em apontar o dedo, numa espiral em que já nem os dedos dos pés chegam para tanta falta de memória.
É por isso que, entre o erro como pecado, inculcado pela formação religiosa cristã, e o erro desculpabilizado pelo exercício dos poderes, pelo conformismo dos cidadãos e dos media e pelas geometrias variáveis, tem de ter um ponto de equilíbrio, colocando-o como parte do processo construtivo, não permita a sua reiterada reativação. Aconteceu, pronto!
Em Portugal, no erro pode haver recriminação moral-religiosa, verborreia mediática ou das redes sociais, até um “agarrem-me senão vou-me a eles”, mas são raros os casos em que os clamorosos falhanços implicam consequências. (ler o artigo completo) António Galamba, Ji.
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