«O Estado deve definir com clareza que funções e responsabilidades assume, assegurando depois todos os recursos correntes necessários ao normal desempenho dessas tarefas. Num quadro de elevados passivos acumulados, decorrentes dos períodos de austeridade severa do passado, garrotear as funções do Estado com elevadas cativações, pode ser uma bênção para as metas do défice, mas é sempre um descalabro para a sustentabilidade dos serviços, para os profissionais colocados no fio da navalha e para os cidadãos que a ele pretendem aceder. Na saúde e na mobilidade proliferam as situações de pré-rutura e rutura que resultam desses passivos, das cativações e da incapacidade para perceber que da mesma forma que é suposto o ser humanos se alimentar todos os dias, há funções do Estado que precisam de alimentos diários estáveis. Nesta matéria, é tão irresponsável quem não fez no passado como quem não faz no presente perante a evidência dos sinais.»
António Galamba, Ji
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