Marcelo Rebelo de Sousa, o mais alto magistrado da nação e o tronco nu mais popular da Península Ibérica, disse ontem que já está em curso a campanha para o ano eleitoral de 2019 – europeias em Maio, legislativas em Outubro. É um facto “político” que o professor Marcelo se deleitaria a comentar. Com a excepção de Rui Rio (que desempenha neste filme o papel curioso de aldeia gaulesa que resiste ainda – talvez não sempre – à invasão do vírus eleitoral) os dados estão a ser lançados.
Com o PSD a viver uma crise profunda – principalmente de inacção – e o Presidente a contribuir, com a política dos afectos, para uma normalização das relações entre cidadãos e Estado, António Costa sai a ganhar. Os mergulhos do Presidente nas praias fluviais, amplificados pelas televisões, são aliados activos do Governo, ao transmitirem uma imagem de enorme normalidade institucional. Pode Marcelo dizer que o essencial está por fazer no interior do país (e está) mas a mensagem mais poderosa que chega aos portugueses é descontracção do Presidente em tronco nu e a sua absoluta tranquilidade.
(excertos do artigo de) Ana Sá Lopes, Público
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