segunda-feira, 13 de agosto de 2018

O Estado Em Que Se Encontra O Sector Dos Transportes Em Porugal

Tirando as autoestradas (e isso resulta do facto de muitas autoestradas não terem trafego suficiente que as justifiquem – o que significa que se investiu muitos recursos em ativos de baixa eficiência), parece que todos os outros setores estão numa situação muito difícil.
A ferrovia é o caos que se vê. Muitos comboios parados e com horários suprimidos. Viagens mais prolongadas. Greves. E no comboio urbano uma situação muito difícil na linha de Sintra, mas explosiva na linha de Cascais. A linha de Cascais é neste momento um risco elevado para quem nela circula. A isto junta-se o caos no metropolitano de Lisboa, com atrasos, permanentemente cheio, tornando-se um problema nas horas de ponta de manha e tarde.
O aeroporto de Lisboa apresenta falhas ao nível do tempo que se demora a embarcar/desembarcar. Isto resulta do elevado crescimento dos últimos anos. Do novo aeroporto no Montijo há apenas ainda boas intenções e projetos, mas, ao fim destes anos todos, a Força Aérea ainda nem sequer saiu de lá. Pior, ainda nem sequer se sabe para onde vai a Força Aérea.
Naturalmente, isto envolve dois dos ministros mais incompetentes deste governo (Defesa e Transportes, que junto com o da Educação, Saúde, Ensino Superior. Ambiente e Administração Interna compõem o lote de piores ministros deste governo).
A TAP, onde o Estado recuperou 50% do capital sem que se perceba a razão estratégica e os contornos do negócio, tem cada vez mais atrasos e uma ponte aérea Lisboa-Porto que simplesmente é caótica nos horários.
Nos portos, não vemos qualquer avanço, sem que se perceba qual a visão estratégica para o conjunto dos portos nacionais e para o único porto de águas profundas (Sines).
Tudo isto ocorre não porque não haja recursos. Naturalmente, os recursos são escassos e haverá restrições. Mas o que existe é uma má alocação de recursos. Por uma razão simples. Nunca a nível politico se definiu para o médio e longo prazo uma visão estratégica para o setor dos transportes.
Joaquim Miranda Tavares, ECO 

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