terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Se Abdicarmos Das Ideologias, Das Diferenças, Do Debate, Reduzir-nos-emos A Fantoches De Qualquer Vendedor De Banha De Cobra

...  Associando populismo a demagogia, conquistará o poder… Um dia lamentaremos o facto mas, como a História ensina, será demasiado tarde, e o preço a pagar incomportável.

A propósito, leia alguns 'excertos' sobre a opinião de Mário Cordeiro, Ji.:

A rapidez avassaladora da evolução histórica, a catadupa de factos que nos invadem o dia-a-dia (graças à comunicação social que “está lá” quase antes mesmo de as coisas se passarem) – ainda não meditámos sobre determinada coisa e já outra se sobrepôs, mesmo que de interesse e relevância duvidosa – fazem com que o mundo esteja em permanente mudança e, se é verdade que sempre esteve, esta mudança escapa totalmente ao controlo e até à compreensão do cidadão normal, já que é uma mudança imprevisível e que se processa a uma velocidade e numa dimensão que foge à escala humana. A programação deixou de ser possível e, como tal, o impacte que as acções de cada um tem na gesta colectiva parece ser cada vez menor, aumentando a sensação de impotência, de fragilidade e de perplexidade – o desinteresse crescente pela intervenção (nem que seja apenas pelo voto) –, e a adesão acéfala às propostas populistas, redentoras, demagógicas e salvadoras são sintomas paradigmáticos e assustadores.

Ainda não é tarde. Nós, adultos, temos a obrigação de desfazer o equívoco, de desmistificar a questão. Os nossos filhos têm de saber que não se vive sem ideologias, que não se sobrevive sem força motriz, mesmo que com uma necessária e saudável discórdia e reconhecimento dos conflitos de interesses. Temos de afirmar que a morte das ideologias seria a morte da humanidade, da criatividade, dos valores estéticos e éticos… para que possamos ainda acreditar no futuro – mesmo que ingenuamente – que uma simples pedra pode vir a transformar-se numa catedral gótica, uma folha de papel num livro de Nuno Júdice, ou um dia bonito num momento simples de prazer e de tranquilidade.

Ler o artigo completo:  Não à "morte das ideologias"!

Sem comentários: