sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

E O Óscar Para Melhor Ficção Política Vai Para ...

Tenho para mim que o estado de graça do Governo se deve a duas coisas: à habilidade de António Costa e à inabilidade da oposição. As duas coisas juntas, polvilhadas pelo tempero de afectos do Presidente da República, deram o que está à vista.

Para que não surjam más interpretações, devo dizer que a habilidade de António Costa inclui alguma eficácia negocial em Bruxelas, tácticas bem imaginadas e bem utilizadas em algumas situações mais explosivas e, acima de tudo, uma enorme capacidade de só dizer o que lhe interessa, construindo uma realidade própria e negando tudo o que ele entenda não caber dentro dessa realidade.

Isto é uma arte - ou, melhor dizendo, estes pontos são parcelas dessa arte a que se chama política. Se existir um Óscar para a melhor ficção política, António Costa ganha-o de certeza absoluta. 

Excertos do artigo de Manuel Falcão, JNegócios 

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