quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Dr. Roubini, Conhecido Por Ter Previsto A Última Crise Financeira, Avisa Que Pode Estar A Caminho Uma Nova Crise Em 2020

Nouriel Roubini, também conhecido como Dr. Doom pelo seu pessimismo, avisa que pode estar a caminho uma nova crise em 2020. Num artigo publicado no Financial Times para assinalar os 10 anos do estouro do Lehman Brothers nos EUA, que assina com Brunello Rosa, refere que "a expansão global é provável que continue este ano e no próximo porque os EUA está a ter elevados défices orçamentais, a China mantém política de estímulos e a Europa permanece numa trajetória de recuperação". No entanto, "há várias razões para que surjam condições para uma recessão global e uma crise financeira" em 2020.
E são várias as razões apontadas. Desde logo, porque o estímulo económico dos EUA terá desaparecido dentro de dois anos. Depois, porque há "atritos comerciais com a China, a Europa e os países da NAFTA, que irão aumentar mesmo se se ficar aquém de uma guerra comercial em grande escala". E, estes ingredientes "são apenas sintomas de uma rivalidade muito mais profunda para determinar a liderança global nas tecnologias do futuro", porém o "seu efeito será retardar o crescimento e aumentar a inflação".
O Dr. Doom, como é conhecido pelo seu pessimismo, afirma que existem várias politicas seguidas pelos EUA que conduzirão a uma expansão mais fraca e a uma subida da inflação, referindo por exemplo, "as restrições ao investimento estrangeiro direto, à cadeia de fornecimento de transferências de tecnologias ", ou mesmo" restrições à migração ao mesmo tempo que a população está a envelhecer". O economista norte-americano prossegue dizendo que se este conjunto de politicas vai atrapalhar os EUA, em outras geografias outras questões se levantam . A China, por exemplo, terá dificuldade em lidar com " a capacidade e alavancagem excessivas, enquanto os mercados emergentes - muitos dos quais já frágeis - serão ainda mais prejudicados por um dólar mais alto, preços mais baixos das commodities e uma China menos aquecida". Por outro lado, na Europa, refere, o aumento das tensões comerciais e o fim dos estímulos monetários do Banco Central Europeu.(ler artigo completo)

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