
Provavelmente, não estará bem informado sobre o que está a acontecer na Saúde no Algarve, Alentejo, Setúbal, Lisboa, Santarém, Leiria, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Viseu, Aveiro, Porto, Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Bragança, Açores e Madeira. Não saberá que mais de 800.000 portugueses não têm médico de família atribuído. Que muitos hospitais estão sob uma pressão de tal forma brutal que ultrapassa o limite do aceitável, “à beira de um ataque de nervos”, como nos foi revelado pelo relatório da Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde. Que os cuidados paliativos continuam a não chegar à imensa maioria dos portugueses. Que nos serviços de urgência perduram condições deploráveis. Que a falta crítica de capital humano, de equipamentos adequados, de dispositivos e materiais clínicos, de infraestruturas que dignifiquem os doentes e os profissionais de saúde, é desesperante.
Miguel Guimarães, Bastonário da Ordem dos Médicos, Expresso
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