Na visão profética do Apóstolo S. João, os cavaleiros do Apocalipse que antecipam o fim dos tempos são a peste, guerra, a fome e a morte. No mundo atual, a doença, a guerra, a pobreza e a morte que de todas elas decorre, continuam a ameaçar a humanidade, mas os cavaleiros do apocalipse trajam agora armaduras mais sofisticadas, encapotando-se sob a ameaça de uma guerra nuclear, de alterações climáticas incontroladas e da disrupção tecnológica usada para servir uma elite mal-intencionada.
Com o seu estilo e as suas escolhas o Presidente Donald Trump tem sido o grande agitador e o principal aliado da nova visão, transformando os cavaleiros adormecidos e dotando-os de uma nova roupagem. Ameaçou usar o seu arsenal nuclear, designadamente no conflito com a Coreia do Norte, desvinculou-se do Acordo de Paris e dos esforços globais para combater o aquecimento global e não hesitou em usar o acesso à manipulação de dados para aceder ao poder e para o consolidar. Na sua peugada, todos os poderes globais se reposicionaram, com as grandes potenciais regionais a procurarem ganhar vantagem no novo xadrez geopolítico.
A UE tem que fazer das fraquezas forças e assumir uma agenda mobilizadora contra as ameaças globais. Uma agenda positiva e de convergência no plano interno e uma agenda positiva e ligada diretamente às comunidades no plano externo. Na história do mundo não há santos e vilões. Há alianças que contribuem para o bem-estar global e fechamentos que o podem destruir. A UE só faz sentido como uma plataforma de valores, ideais e práticas capazes de combater os novos cavaleiros do apocalipse.
Excertos do artigo de Carlos Zorrinho, Ji
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