
Para os investigadores, as superbactérias representam uma das maiores ameaças actuais à humanidade e, sem acção urgente, é possível que infecções simples deixem de poder ser combatidas com os medicamentos existentes. A exposição repetida e prolongada a antibióticos permite que as bactérias e outras infecções, entre elas o VIH e a malária, sofram mutações para contornar os tratamentos disponíveis. Por causa disto, simples operações, como cirurgias à anca ou partos por cesariana, podem tornar-se demasiado perigosos.
Na declaração que será assinada hoje, os 193 países da ONU comprometem-se a desenvolver sistemas de regulação e monitorização do uso e venda de medicamentos antimicrobianos para humanos e animais, a apostar no desenvolvimento inovador de novas formas de antibióticos, melhorar os diagnósticos e educar profissionais de saúde e o público em geral sobre a prevenção de infecções resistentes a antibóticos.
Num relatório apresentado pela DGS em Março, os especialistas portugueses já alertavam que “a manter-se a tendência” do uso excessivo deste tipo de medicamentos em humanos e animais, “a medicina avançada que se pratica” será posta em causa. No documento, a DGS dá o exemplo de “cirurgias mais ou menos radicais ou terapêutica oncológica [que] poderão deixar de ser possíveis por se tornarem intratáveis as infecções decorrentes”.
Fonte: Expresso
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