«Este PS é o mesmo que defende a economia de mercado, que diz querer criar condições para o crescimento, o investimento e o emprego? É o que faz juras à integração europeia? É o mesmo de José Sócrates, que promoveu a engorda de grupos privados em negócios com o Estado? É o mesmo de António Guterres, que abriu a economia, internacionalizando-a, e privatizou como nenhum outro bancos, a EDP ou a PT? É o mesmo de Mário Soares, que em 1974 e 75 lutou precisamente contra a instauração do regime económico inspirado no modelo soviético de que o Bloco e o PCP são os herdeiros políticos? É aquele que na primeira década de democracia lidou com as consequências das nacionalizações cegas feitas numa madrugada e da economia estatizada, as bolsas de fome e pobreza na Península de Setúbal, o trabalho infantil nas indústrias tradicionais, uma inflação de 30% que penalizava sobretudo os mais pobres e um país subdesenvolvido?»
Diz Paulo Ferreira e eu concordo : Dá ideia que, antes de mais nada, o PS está a perder o respeito por si próprio em nome do projecto de poder do seu líder. Mas isso terá consequências para o país. O que se começa a desenhar nada tem a ver com justiça ou progressividade fiscal. É um esbulho ideologicamente motivado que ignora que o principal problema do país é a falta de capital para investir, não é o seu excesso.
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