Neste país respira-se muito melhor do que em 2008 ou 2009, mas as contas dos anos Sócrates ainda estão por fazer. Na política e nos jornais, os seus viúvos continuam por aí, e o número de textos que escrevem a criticar o Ministério Público é proporcional ao número de textos que não escrevem criticando o comportamento de Sócrates ou os anos que levaram a apoiá-lo. Em nome de belos princípios, limitam-se a defender os seus almoços e as suas opiniões entre 2005 e 2011, fazendo todos os dias figas para que a investigação falhe redondamente. A derrota do Ministério Público seria para eles a vitória dos seis anos de mediocridade e autoritarismo que nunca se cansaram de patrocinar. O destino de Sócrates apenas lhes interessa porque é também o seu.
Excerto do artigo de João Miguel Tavares, hoje no Público
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