Defendida por vários médicos e investigadores ao longo dos últimos anos, devido às dificuldades do aparecimento da tão esperada cura para a doença.
Com isso, o cancro passaria a ser encarado como uma doença crónica, e tratado de forma mais amena e menos invasiva - seria controlado, e não combatido de forma radical.
Esta proposta ganhou um reforço importante com o desenvolvimento de um protocolo terapêutico de baixa dosagem de medicamentos que se mostrou eficaz no tratamento do cancro do ovário, reduzindo drasticamente o desenvolvimento do tumor, o que se espera levar a uma situação na qual o cancro não progredirá e não se espalhará pelo corpo.
A abordagem, chamada de "regime de dosagem metronômica", utiliza doses muito baixas de duas drogas quimioterapêuticas, mas em intervalos de tempo mais curtos do que na quimiotrapia convencional.
Além de matar grande número de células cancerosas, o tratamento cria um ambiente biológico hostil para o crescimento do tumor.
Outro efeito importante é que se reduz a toxicidade da quimioterapia convencional, e muitos dos seus graves efeitos colaterais, além de evitar o desenvolvimento de resistência aos medicamentos.
"Este novo sistema utiliza duas drogas existentes para tratar o câncer de ovário e oferece ambas ao mesmo tempo, permitindo que elas funcionem em sinergia," disse o Dr. Adam Alani, da Universidade do Estado de Oregon (EUA).
"Imagine se pudéssemos controlar o câncer como um sistema de longo prazo, numa condição crónica, como fazemos hoje com a hipertensão ou o diabetes. Isto poderia ser um enorme salto à frente," .
Segundo a equipe, que publicou os primeiros resultados na revista Chemistry of Materials, agora serão feitos mais ensaios clínicos em animais e em seres humanos para verificar de forma ampla a segurança e a eficácia do novo regime terapêutico.
Fonte:DS
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