"Estamos a tornar os oceanos doentes", afirmou a directora-geral da União Internacional para a Conservação da Natureza, Inger Andersen.
As águas do mundo absorveram mais de 93% do aquecimento provocado pelas alterações climáticas desde a década de 1970, reduzindo o calor sentido na terra, mas alterando drasticamente o ritmo de vida no oceano, disse.
"O oceano tem-nos protegido e as consequências disso são enormes", sublinhou Dan Laffoley.
O estudo incluiu vários ecossistemas marinhos, desde os micróbios às baleias, incluindo o fundo dos mares e mostra que algumas espécies se estão a deslocar em direcção aos polos para águas mais frias.
"Estamos a mudar as estações no oceano", afirmou, salientando que as temperaturas mais altas vão, provavelmente mudar a proporção entre os sexos das tartarugas no futuro, porque as fe
meas são mais propensas a nascer em temperaturas mais quentes.
O estudo inclui provas de que o aquecimento dos oceanos "está a provocar o aumento de doenças em populações de plantas e animais" e também a matar os recifes de coral, referiu Dan Laffoley.
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