quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Bocage

Desenho de Roberto Nobre
O Suspiro Voai, brandos meninos tentadores,
Filhos de Vénus, deuses da ternuraAdoçai-me a saudade amarga e dura,
Levai-me este suspiro aos meus amores:
Dizei-lhe que nasceu dos dissabores
Que influi nos corações a formosura;Dizei-lhe que é penhor da fé mais pura,
Porção do mais leal dos amadores: Se o fado para mim sempre mesquinho,
A outro of'rece o bem de que me afasta,E em ais lhe envia Ulina o seu carinho:
Quando um deles soltar na esfera vasta,Trazei-o a mim, torcendo-lhe o caminho;
Eu sou tão infeliz, que isso me basta.

Bocage

A propósito do congresso internacional que acontece entre os dias 12 e 14, em Setúbal, Vasco Rosa recorda o autor e o legado, que merece ficar distante de "estereótipos redutores" (ler: 'Redescobrir Bocage para além do mito')

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