Sócrates e o Tsunami

O Almirante N.Vieira Matias : O mar é o único grande património de Portugal
O Biólogo R.Serrão : O mar é a razão de ser dos portugueses.
O comendador M C. afirma : O nosso país é um mar de dúvidas, perante o qual temos um mar de incertezas.
O J.António Saraiva : O mar - e tudo o que se liga com ele - tem hoje de novo um papel central no destino de Portugal. Saibamos compreendê-lo - e não deixemos fugir a oportunidade.

O primeiro-ministro depois de tanta gente importante a falar do Mar podia lá não botar palavra sobre o tema e eis que escolhe nada mais nada menos que o OE, para meter a colherada - O documento «abriga» Portugal das «tempestades financeiras» e da «turbulência» a nível internacional.- mas é claro que no subconsciente estava o Mar, não o Mar sereno, mas o Mar revolto em dia de tempestade de que ele é co-responsável e como sempre surge como salvador de qualquer coisa - neste caso de um possível tsunami.

Esta É A frase

« Hoje, não sabemos quantos actores políticos de primeira linha, no poder e na oposição, são mesmo senhores de si. Muitos enredaram-se na teia dos interesses instalados, outros são, de facto, agentes desses grupos de interesses. Quer dizer, hoje não sabemos quantos dos nossos políticos pensam apenas no interesse público quando tomam uma decisão ou emitem uma opinião. Hoje não sabemos quantos deles são, na verdade, homens livres.»

Fernando Madrinha,Expresso

Um Estado Que Planeia E Economiza ...

O custo mensal do arrendamento do Campus de Justiça de Lisboa é de 1.000.558 euros, cerca de 12 milhões por ano.
Até agora já foram despendidos 30 milhões de euros.
A factura anual dos 25 serviços deslocalizados pelo MJ para o Parque das Nações era de apenas 7 milhões de euros anuais. Como podemos constatar face aos que existiam é avassalador se fizermos as contas ao período total de vigência do contrato assinado pelo MJ: por 18 anos de aluguer, o Estado irá pagar um total de cerca de 216 milhões. Mas, o documento prevê ainda uma actualização anual da renda, além de uma actualização extraordinária de 40 mil euros por mês a partir de Maio de 2011.

Acresce que os edifícios do Campus de Justiça não foram concebidos para o funcionamento de tribunais, mas, para albergar escritórios. A falta de condições é notória, acresce que 15 meses após a sua inauguração por José Sócrates, o moderno Campus de Justiça já não tem capacidade para albergar julgamentos das Varas Criminais de Lisboa que tenham um número elevado de arguidos, estes têm de ser transferidos para outros locais. (Fonte: SOL)

Este é um Estado cujo chefe sonha com a grandeza e não só ... e a obra acontece - sem planeamento, sem medir consequências, sem pensar em custos - o dinheiro aparece - alguém pagará .

Triste Sina

É a nossa sina, temos de nos agarrar a qualquer coisa . Fado, Futebol e Fátima. Às vezes, somos levados a acreditar que esse tempo ficou lá atrás. Mas é só às vezes. Quando se olha de perto para o país vemos que o povo continua a ser anestesiado pelas mesmas coisas e com a mesma eficácia. Portugal 'mergulhou' de novo no entorpecimento de sempre. No fado que  transmite o que nos vai na alma, Fátima que é o único bálsamo para os males quotidianos, do futebol que garante a ilusão efémera de sermos grandes - quem pode criticar quando pouco mais resta?
Enquanto isso, o país esquece-se de si próprio, preso à triste sina de ser quem é.

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Das 35 extinções de serviços públicos anunciadas na semana passada pelo Governo, pelo menos 15 já tinham acontecido.Como exemplo pode-se citar as caixas de previdência dos Jornalistas e dos Trabalhadores da EPAL e a Caixa de Reformas e Aposentações do Banco Nacional Ultramarino, qualquer destes organismos já foi oficialmente extinto (2006).

Fonte: SOL