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terça-feira, 22 de março de 2011

Boa Escolha

É Manuela Ferreira Leite que vai defender o projecto de resolução contra o PEC (Programa de Estabilidade e Crescimento) que o PSD amanhã apresenta na Assembleia da República. Boa escolha. Se há alguém com autoridade para falar é MFL, que avisou, disse a verdade sobre a situação do país e essa foi uma das razões porque perdeu as eleições. O seu principal opositor pelo contrário ganhou as eleições não só ocultando a situação, mas pior - mentindo . Estava tudo tão bem que agora não à volta a dar - estamos todos a pagar.

Hoje a yield exigida pelos investidores para deter a dívida portuguesa a dez anos estava a negociar-se a 8,01 por cento. A Bloomberg calculava a taxa genérica da linha viva com maturidade a cinco anos em 8,007 por cento.

Parece Que Esta História Não Acaba Aqui ...

Há Qualquer Coisa No Ar ...

Ainda que as moscas vivam no lixo e sejam portadoras de doenças, também fornecem alimento ao ecossistema local, melhor dizendo - de proximidade.
Moscas unem-se no salto para a frente

Às vezes quando menos se espera as coisas acontecem e tudo muda ...

E, como o contrário de estar morto é - ainda continuar vivo - aguardemos os próximos capítulos .

Temos De Perceber Para Onde Vai O Dinheiro

Este Governo tem-nos servido a austeridade às postas, sempre bem regadas com impostos, garantindo que cada uma é a última. Acontece que depois de cada dose vem outra pior que a anterior. E não se vislumbra uma estratégia, um plano por detrás dos cortes.

Não digo que os cortes não sejam necessários, longe disso, mas fazem-me lembrar aquelas dietas iô-iô, que fazem sofrer mas não resolvem nada. Ultrapassado o sufoco, os salários e pensões voltarão a subir por pressão política e voltará tudo à casa da partida.


Claro que a austeridade é incontornável. Mas já que temos de emagrecer que se corte na gordura e não no músculo. Para isso o próximo governo tem de fazer uma radiografia completa do Estado, para perceber onde se gasta o dinheiro. Depois é necessário redefinir as funções do Estado, tarefa várias vezes iniciada mas nunca terminada.

O mesmo exercício tem de ser feito com o sector público empresarial: é necessário saber o serviço público concreto prestado por cada empresa, identificando as que só servem para consumir recursos e alimentar clientelas.

Enquanto não fizermos isto estamos a perder tempo. Os cortes propostos são dolorosos, mas não resolvem nada se não forem acompanhados de reformas corajosas e não meras intenções ou teatros para alemão ver.

Paulo Lopes,Económico