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quinta-feira, 5 de março de 2020

Notícias Ao Fim Da Tarde

Desde Pequenos Rotulamos As Pessoas Devido Às Suas Escolhas

É inevitável parar e pensar como desde pequenos rotulamos as pessoas devido às suas escolhas e aos seus gostos. Não vivemos para mostrar aos outros do que somos capazes, vivemos para mostrar a nós próprios que conseguimos vencer e chegar aos nossos objectivos.

“Quero ser bailarina”, “Quero ser actor”, “Quero ir para um curso profissional”, “Não quero ir para a universidade” — vivemos numa sociedade onde é difícil aceitar afirmações como estas. É complicado adoptar o que sai fora da linha e o que é diferente. 

Será que estamos a fazer o certo? Na verdade, seja qual for a nossa escolha, seguiremos sempre o incerto. Coabitamos num mundo cheio de talentos, de doutores, de mestre, mas um mundo com poucas oportunidades, em que o certo é sempre incerto e que a nossa lista de contactos é sempre mais importante do que a nossas competências.

Quando somos jovens, sonhamos em ser mais velhos. Quando somos mais velhos, queremos ser mais novos. Atrevo-me a dizer que algo está errado, mas com a fugacidade da vida é fácil ter estes pensamentos. Devemos sonhar e acreditar que somos capazes, devemos sonhar como seremos daqui a dez anos e pensar que seremos bons. Devemos ser indivíduos sonhadores e persistentes para que todos esses sonhos se realizem.

Carolina Moura, Público

Esta É A Frase

Vivemos, notoriamente, com um PS que atua politicamente a pensar que tem maioria absoluta sem a ter. Um PS que quis acabar com a Geringonça, deliberadamente, mas faz sempre as contas parlamentares como se ela ainda existisse.

Carlos Gouveia Martins, Ji

Tão Subtilmente ...


Tão subtilmente
em tantos breves anos
Foram se trocando sobre os muros
Mais que desigualdades, semelhanças
que aos poucos dois são um, sem que no entanto
deixem de ser plurais:
talvez as asas de um só anjo, inseparáveis.
Presenças, solidões que vão tecendo a vida,
O filho que se faz, uma árvore plantada,
O tempo gotejando no telhado.
Beleza perseguida a cada hora, para que não baixe
O pó de um cotidiano desencanto..

Tão fielmente adaptam-se as almas destes corpos
Que uma em outra pode se trocar,
Sem que alguém de fora o percebesse nunca.


(Lya Luft)