Como escreveu há anos, José Cláudio no J.de Estarreja, o PSD é, e sempre foi, uma pitoresca mistura : saída em parte, é certo, da ala liberal da assembleia nacional, mas feita por gente do norte ao sul, de esquerda e de direita, de crentes e ateus, de conservadores e progressistas, de monárquicos e republicanos, de tecnocratas e poetas, de cépticos e de visionários. O partido mais português de Portugal, aquele que não encontra paralelo em nenhum outro país da Europa, o partido que sempre se deu mal com rótulos e siglas.Por isso mesmo, quando algo começa a trepidar no interior do PSD, é um sinal, é o barómetro do sentir da generalidade dos cidadãos. (Raramente podemos observar noutros partidos políticos opiniões críticas tão diversificadas, menos ainda quando são Governo, basta lembrar, o último congresso do PS, quando o país já estava praticamente na falência).
Ora, o caso, é que o barómetro começou a dar sinais. O ponteiro começa a mover-se para um lado e para outro, embora ligeiramente - O sinal de alerta está dado, não podem ignorar. Como também não podem esquecer os princípios em torno dos quais se deu a sua fundação como partido.
Paz, pão
Povo e liberdade
Todos sempre unidos
No caminho da verdade
Utopia? -Talvez. Mas sem sonho e sem caminho definido - nada vale a pena ...
