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sábado, 19 de dezembro de 2020

Notícias Ao Fim Da Tarde


Ana Gomes "censurada" por episódio da vacina

COVID-19: Situação Em Portugal Hoje Sábado

  •  370.787 o número total de diagnósticos  positivos (mais 3.835 casos)
  • 6.063 o número de mortes (mais 86 óbitos)
  • 2.94 814 casos recuperados (+ mais 4..124)
  • 69.910 casos ativos (menos 375) 
  • 79.503 pessoas continuam em vigilância (mais 2.071)
  • 485 o número total de pessoas em UCI (+1)
  • 2.973 número de internamentos (menos 88)
86 óbitos: 
  • 43 no Norte
  • 10 no Centro
  • 29 em Lisboa e Vale do Tejo (LVT)
  • dois no Alentejo
  • um no Algarve 
  • um na Madeira.

A região de Norte regista hoje o maior número de casos confirmados: 

  • R Norte mais 1.489 novas infeções (um total de 192.547)
  • Região de Lisboa e Vale do Tejo que contabilizou mais 1.169 casos confirmados (119.745).
  • A região do Centro soma mais 796 novos casos (40-348)
  • Alentejo regista mais 256 (8.862) 
  • Algarve mais 68 (6.526).

Quanto aos óbitos, do total das 6.063 mortes: 

  • 2.873 registam-se no Norte
  • 845 no Centro
  • 2.091 em Lisboa e Vale do Tejo
  • 162 no Alentejo
  • 63 no Algarve
  • 21 nos Açores 
  • 8 na Madeira.

Atualmente existem: 166.610 homens, 204.041 mulheres e 136 “desconhecidos” infetados pelo novo coronavírus. 

Em termos de óbitos, a DGS conta 3.157  homens e 2.906 mulheres.

Correu tudo de tal maneira que o sistema semipresidencialista fica quase reabilitado. Quase!

Não exerce a influência que tem graças ao seu poder que, à partida, não tinha. Através da sua influência, conquistou poder. Fez-se sentir útil e necessário. O governo precisou dele. O Partido socialista também. E o primeiro-ministro António Costa nem se fala.

Resolveu um problema delicado: o de articular poder com influência. Já tivemos presidentes com uma e sem o outro. Ou vice-versa. Deu geralmente desastre. Ou insignificância. No seu caso, conseguiu raro equilíbrio.

Popular, combateu o populismo. Jurista, privilegiou a política. Intelectual, exprime-se com impressionante simplicidade. (...)


Num ciclo de queda da direita quase irreparável, Marcelo permitiu a sobrevivência de um estado de espírito e de uma memória da direita democrática.

Em algumas áreas importantes, Marcelo perdeu, não conseguiu ter influência, pelo que se distanciou: na Justiça, no SEF, no financiamento do Serviço Nacional de Saúde, na TAP, no Novo Banco… O que se lamenta, pois foram as nódoas negras que ainda hoje afligem o país. Mas tantos fiascos tiveram um lenitivo: foi de influência decisiva em certos casos dramáticos, como os de Tancos e dos incêndios de Pedrógão e de Castelo Branco. (...)



A Presidência de República é, em Portugal, uma ficção. Vistosa e ilusória. Episodicamente, pode revelar-se muito importante. Dá a impressão que tem poder. Julga-se que tem enorme influência. Pode conter drama e paixão. Desperta mais indiferença do que inveja. Raramente satisfaz quem dela espera algo de decisivo. Pede-se-lhe tudo, mas quase nada se obtém. E se nada vem, também não faz mal. Não tem adeptos fervorosos, tem sobretudo áulicos e cortesãos. Mas tem desmedido poder de atracção. É uma verdadeira ficção. Que pode ser uma obra-prima, como se sabe.


(excertos do texto de António Barreto, Público, via Jacarandá )

Amostra Sem Valor


Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.

(António Gedeão)