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sábado, 1 de abril de 2017

Resumo Do Acordo: Entregar Bifes Do Lombo Ao Fundo Americano Enquanto O Estado Fica A Rilhar Ossos

Pois, Um Banco para ti, Um fundo Para Mim E Centeno Sorri.

O acordo que o governo acaba de assinar para a venda do Novo Banco resume-se a isto: entregar os bifes do lombo ao fundo americano enquanto o Estado fica a rilhar ossos. 

Aliás, falar em “venda” é, por si só, distorcer a realidade, tal como o é afirmar que o Lone Star “pagou” mil milhões de euros pelo banco. O fundo americano não pagou coisa alguma, porque o vendedor recebeu zero – o Estado limitou-se a entregar o Novo Banco ao Lone Star mediante determinadas condições, entre as quais uma injecção de capital dos novos donos no valor de mil milhões de euros. Se o senhor Manel me oferecer um edifício devoluto na condição de eu investir 100 mil euros no edifício que passou a ser meu, ninguém vai com certeza dizer que paguei cem mil euros ao senhor Manel. (...)

Ontem, António Costa vendeu muito bem o seu peixe, como é hábito, celebrando a não liquidação do banco e a salvaguarda do sistema financeiro. Contudo, a garantia de que não haverá impacto nas contas públicas, nem novos encargos para os contribuintes, é mero wishful thinking – sobretudo quando assistimos à irresistível tendência dos buracos dos bancos portugueses evoluírem para crateras. O governo transformou o fundo da resolução numa PPP para o sector bancário: não paga agora; quase de certeza pagará depois. Talvez num próximo governo de direita.

Excertos do artigo de João Miguel Tavares, Público

Novo Banco: Tentar Tapar O Sol Com A Peneira

Novo banco:" A importância deste dia não esgota o risco do negócio"

Segunda-feira logo se vê.

# Pinoquios

Isto é um acordo, ainda não é a venda


A Lua ...

A lua batia nas árvores, algumas nuvens erravam por entre as estrelas pálidas, o mar falava às coisas da sombra, a meia voz, a cidade dormia, do horizonte subia uma neblina, a melancolia era profunda.

Victor Hugo