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quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Notícias Soltas

*Carlos César em ‘guerra’ com Catarina Martins: “Não aceitamos superioridade moral de nenhum partido”

*Não sabiam, mas tinham o nome nos órgãos sociais da Raríssimas

*Centenas de milhares de cidadãos da UE podem perder direito a ficar no Reino Unido

*Juncker envolvido em caso de escutas ilegais e adulteração de conversas

*Ao anoitecer olhe para cima. Hoje há chuva de estrelas

*Elétrico 24 deverá ligar Cais do Sodré e Campolide no próximo ano


Esta É A Frase

A história da Raríssimas não pode acabar-se nos maus exemplos, nos comportamentos indizíveis, nos crimes que foram cometidos. Quer isto dizer que a justiça tem de seguir o seu curso - as investigações têm de ser céleres e sérias, os responsáveis, quero acreditar, serão responsabilizados e com tanto mais rigor quanto era à custa dos mais fracos que tiravam dividendos. Mas as crianças e as famílias a quem a Raríssimas dava algum conforto e esperança têm de ser preservadas ao máximo. Não podemos cair na tentação de as deixar escorregar na lama, de arrasar uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) que é, ela própria, muitíssimo rara no serviço que presta à sociedade.

Joana Petiz, DN

Não, não é Cansaço ...


Não, não é cansaço... 
É uma quantidade de desilusão 
Que se me entranha na espécie de pensar, 
E um domingo às avessas 
Do sentimento, 
Um feriado passado no abismo... 

Não, cansaço não é... 
É eu estar existindo 
E também o mundo, 
Com tudo aquilo que contém, 
Como tudo aquilo que nele se desdobra 
E afinal é a mesma coisa variada em cópias iguais.

Não. Cansaço por quê? 
É uma sensação abstrata 
Da vida concreta — 
Qualquer coisa como um grito 
Por dar, 
Qualquer coisa como uma angústia 
Por sofrer, 
Ou por sofrer completamente, 
Ou por sofrer como... 
Sim, ou por sofrer como... 
Isso mesmo, como... 

Como quê?... 
Se soubesse, não haveria em mim este falso cansaço. 

(Ai, cegos que cantam na rua, 
Que formidável realejo 
Que é a guitarra de um, e a viola do outro, e a voz dela!) 

Porque oiço, vejo. 
Confesso: é cansaço!... 

Álvaro de Campos